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No TJ/MG, a partir do dia 30, começa a exposição de desenhos que nascem da dança

Do dia 30/3 até 6/5 acontecerá na Galeria de Arte do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte/MG, a exposição "O Ritmo da Linha", da artista plástica Sônia Gomes. Recortes, tecidos, rendas, fotografias compõem os desenhos da artista.

Da Redação

quinta-feira, 24 de março de 2011

Atualizado às 10:57


O Ritmo da Linha

No TJ/MG, a partir do dia 30 começa a exposição de desenhos que nascem da dança

Do dia 30/3 até 6/5, acontecerá na Galeria de Arte do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte/MG, a exposição "O Ritmo da Linha", da artista plástica Sônia Gomes. Recortes, tecidos, rendas, fotografias compõem os desenhos da artista.

A abertura para convidados será na próxima terça-feira, 29, às 19h. O espaço é aberto ao público das 8h às 18h e fica na avenida Augusto de Lima, 1.549, no Barro Preto.

A exposição, intitulada O Ritmo da Linha, reúne desenhos que ganham uma "nova vida" com a inserção de materiais como retalhos, trabalhos em crochê, forrinhos de bandeja, recortes fotográficos e acabam por transmitir histórias e trazer lembranças de uma época. A artista diz estar numa nova fase de sua carreira, influenciada pela dança afro, que vem praticando. "O movimento do desenho vem todo da dança", afirma.

Sônia Gomes conheceu a Galeria do Fórum quando visitou a exposição de Déa Matilde, no final do ano passado, e observou que o espaço seria apropriado para mostrar seus trabalhos em pequenos formatos. Ela gostaria que suas obras fossem vistas por todos, não somente por aqueles que frequentam galerias, e está interessada em ver o impacto que sua exposição pode causar às pessoas que, "apressadas, resolvendo suas coisas", circulam no ambiente forense.

A Galeria de Arte integra o Espaço Cultural Fórum Lafayette, coordenado pela Ascom - Fórum - Assessoria de Comunicação Institucional com o apoio da direção do Foro da comarca de Belo Horizonte.

Sônia Gomes

A artista cursou matérias isoladas no curso de Artes Plásticas da Escola Guignard, em Belo Horizonte. Sara Ávila, uma de suas primeiras professoras, foi a que mais influenciou o conjunto de sua obra.

Em Caetanópolis, terra natal da artista, foi implantada a primeira fábrica de tecidos de Minas Gerais. A cidade cresceu em torno da indústria têxtil, o que levou Sônia Gomes a desenvolver uma grande intimidade com tecidos. Filha de mãe negra e pai branco, ela também recebeu um forte legado da avó materna, "parteira, benzedeira e useira de rodilhas na cabeça". José Alberto Nemer, curador da artista, observou que da família branca Sônia herdou a "ruminação dos guardados, das fotos, dos retalhos de tecidos vindos da fábrica, dos afetos fragmentados".

Sônia Gomes é destaque no livro A Mão Afro-Brasileira, lançado pelo Museu Afro Brasil, em São Paulo. Ela conta, com orgulho, que foi convidada a participar da obra pelo curador Emanoel Araújo, organizador da publicação, que é resultado de uma ampla pesquisa sobre a contribuição dos afrodescendentes para a formação da cultura brasileira.

A artista é representada pela galeria Penna Contemporânea, em Belo Horizonte. Parte de sua obra está também reproduzida em dois catálogos: Objetos, com curadoria de Sandra Penna e Ângelo Osvaldo de Araújo Santos e Quando a Linha Cria Asas..., Espaço Cultural da CEMIG.

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Fonte : TJ/MG

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