Resultado do sorteio da obra "Teatro Inexperto em 2 peças quase Distópicas"

A primeira peça, "Mingau de Alho", escrita na linguagem do cotidiano sertanejo, conta a história de pessoas que sofrem a guerra, dando voz a quem geralmente não a tem. Esses seres humanos querem ter uma vida normal, mas estão sendo expulsos de suas terras por motivos que nem sequer entendem.

Já "Razão de Estado" constitui-se em profunda (e satírica) reflexão sobre a falta de ação humana diante das questões políticas que regem sua existência.

Ambas foram lidas e analisadas por duas professoras. Ivone Ceccato comenta que os textos descrevem realidades em situações distintas, mas que traduzem uma universalidade: a exploração humana. Quanto ao título do livro, a professora contesta: "Somente com a leitura da obra o leitor poderá concordar que as obras condizem com uma literatura madura e reflexiva, reveladora de crítica social às recorrentes formas de opressão vividas pelo homem. Portanto, de autor experiente, duas peças verdadeiramente distópicas". Wanda Camargo elogia "em Mingau de Alho a capacidade de analisar, ainda tão jovem, as consequências de um fato tão significativo e local da história paranaense, como o Contestado, e depois, em Razão de Estado, um fato tão universal, como a ditadura exercida sobre todo o país, e, em ambas, demonstrar tanta maturidade e domínio da escrita".

Sobre o autor :

Clèmerson Merlin Clève é sócio da banca Clèmerson Merlin Clève - Advogados Associados. Professor titular de Direito Constitucional na Faculdade de Direito da UFPR e nas Faculdades do Brasil. É também professor no IBEJ na pós-graduação e do programa de doutorado na Universidade Pablo Olavide, em Sevilha (Espanha). Ex-procurador da República, procurador do Estado do Paraná, exerce intensa atividade advocatícia na área de Direito Público.

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