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Presidente da OAB/SP espera ampla participação popular na manifestação contra a corrupção

Da Redação

terça-feira, 6 de setembro de 2005

Atualizado às 09:59


Presidente da OAB/SP espera ampla participação popular na manifestação contra a corrupção

Ato público será hoje (6/9), no centro de São Paulo, com concentração na Praça da Sé

Nem palanques, nem discursos: apenas uma marcha silenciosa ao som do Hino da Independência. Este será o formato da manifestação pública contra a corrupção, que promete parar o Centro de São Paulo, hoje (6/9), véspera do feriado. Essa decisão foi anunciada ontem (5/9), às 10h30, na sede da OAB/SP, por entidades da sociedade civil que estiveram na reunião preparatória. O evento terá concentração na Praça da Sé e dispersão na Praça Ramos, em frente ao Teatro Municipal, onde será lido um Manifesto Público. A caminhada passará pelas ruas Boa Vista, Líbero Badaró e Viaduto do Chá. Na Rua Boa Vista haverá uma parada diante do 'impostômetro', placar eletrônico que mostra o volume de arrecadação de impostos no Brasil. Ao final, será executado o Hino Nacional e lido um MANIFESTO, cuja redação final ficou a cargo do presidente da Associação Paulista de Magistrados, Celso Limongi.

"A mobilização da sociedade, a pressão é por uma apuração profunda, transparente e rápida, para que a nação brasileira tenha uma resposta diante de tantas denúncias que têm como alvo altos dirigentes da República ", diz o presidente da OAB/SP - Luiz Flávio Borges D'Urso. Segundo ele, apuração e punição é o que a sociedade espera. "Que não haja nenhum desvio de conduta neste foco que é o resultado da apuração das denúncias. É para punir quem tiver que ser punido. Preservar que deve ser preservado, mas é preciso dar uma resposta à nação com base na verdade. Essa é a proposta desta mobilização. Queremos a verdade. Toda a sociedade se articula para ir às ruas em silêncio O mote é chega de blá-blá-blá. Não estamos no momento de reiterar discursos. Estamos no momento da atitude: ir às ruas em silêncio para demonstrar a indignação da sociedade brasileira", analisa.

Na avaliação do presidente da OAB/SP , esta será uma das mais representativas manifestações públicas do Estado, com grande participação popular. "Queremos mostrar que não se trata apenas de mais uma passeata e sim um momento onde a sociedade possa ter um marco. Dentro deste espírito de criar um evento diferente é que se optou por fazer uma mobilização em silêncio. Os discursos são comuns em todas as manifestações. O incomum é marchar em silêncio, só na atitude. É o que vamos fazer a amanhã para pressionar por mudanças na conduta da política como forma de tirar o país desta crise", diz D'Urso.

Para o presidente D'Urso, a democracia não deve comportar esse tipo de crise, mas sempre corre o risco. "A democracia por sua possibilidade plural traz alguns riscos, mas são riscos calculados. O Estado dispõe de mecanismos suficientes para reagir, para punir. Vemos isso com muita tranqüilidade porque as instituições não foram abaladas e estão em pleno funcionamento, a crise é política, gravíssima sem dúvida nenhuma, e estamos defendendo as instituições e fortalecendo essas instituições, que são as colunas de sustentação da democracia que é uma opção da nação; para que não haja risco para a própria democracia. Portanto nossa atitude é de indignação e queremos dentro do estado democrático de direito, apurar e punir para poder virar essa página da história do país. Estamos aguardando muita gente. É uma resposta da nação, que serve também para proteger as instituições democráticas, que fortalecidas dão garantias de apuração e punição dos responsáveis pelo quadro o hoje presenciamos", diz D'Urso.

Além do presidente da OAB/SP, Luiz Flávio Borges D'Urso, participaram da reunião preparativa da passeata contra a corrupção, Paulo Pereira da Silva, da Força Sindical; Guilherme Afif Domingos, da Federação das Associações Comercias do Estado de São Paulo; João Carlos Basílio da Silva, do Ciesp; João Antonio Garreta Plats, da Associação Paulista do Ministério Público; desembargador Celso Luiz Limongi, da Associação Paulista dos Magistrados; Euclides José Marchi Mendonça, do Instituto dos Advogados do Brasil; Canindé Pegado, da CGT; Pedro Augusto Marcello, da Faesp; Eduardo Lafraia, do Instituto de Engenharia; Cristiano Goldstein, do Sinduscon; Antonio Marangon, do Sescon; deputados Rafael Guerra e Marcelo Ortiz, do Movimento Brasil Verdade; Luigi Nesse, da Confederação Nacional dos Serviços; Sérgio Barbour, da Fiesp; Ricardo Scalise, da Federação de Serviços do Estado de SP; Eleuses Paiva, da Associação Médica Brasileira; Tallulah Carvalho, da Associação Mulheres da Verdade; Carlos Alberto dos Reis, do Sindicato dos Eletricitários de SP; Salomão Gawendo, da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas; Renato Guimarães Júnior, do Instituto Ministro Rodrigo Octávio; e Gilberto Natalini, secretário municipal de Participações e Parcerias de São Paulo.
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