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Em entrevista, Maluf critica declaração de Lula e "quentinhas" da PF

Da Redação

quinta-feira, 15 de setembro de 2005

Atualizado às 09:55


Em entrevista, Maluf critica declaração de Lula e "quentinhas" da PF

Paulo Maluf está engasgado com Lula e com as "quentinhas" que vem comendo na sede da PF em São Paulo. Em entrevista concedida ao Jornal da Band e veiculada ontem, o ex-prefeito da capital paulista criticou a declaração do presidente da República de que ele e seu filho Flávio deveriam ter o mesmo tratamento que qualquer preso no Brasil. Lula disse ainda que o ex-prefeito não é o primeiro nem será o último a ser punido por corrupção no país.

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Se ele quisesse realmente prender os culpados, tem que começar por Brasília. Tenho certeza de que o número de presos dará a volta no quarteirão e a maioria do partido dele, do PT", disse Maluf, que também reclamou da comida servida a ele pela PF.

"A
qui deveria ter um pouco mais de controle de qualidade no fornecedor das "quentinhas" porque o que me serviram aqui eu não daria nem para um cachorro, se eu tivesse um em casa", afirmou Maluf. Ele disse ainda que não consumiu nenhuma das comidas levadas a ele por amigos e familiares.

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Toda vez que essa comida apareceu aqui não foi permitida a entrada", garantiu.

Maluf está preso na sede da PF em São Paulo desde sábado, quando se entregou após a juíza Silvia Maria Rocha ter decretado sua prisão por crimes de evasão fiscal, movimentação irregular de recursos no exterior e coação de testemunhas.

Paulo Maluf aproveitou a oportunidade também para fazer críticas à forma com que seu filho Flávio foi algemado em frente às câmeras de TV. Segundo o ex-prefeito, Flávio deu carona para três agentes da PF em seu helicóptero e tinha combinado de seguir à sede da PF sem algemas.

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Ele (Flávio) desceu lá no Morumbi, foi ao toalete e, quando voltou, antes de entrar no carro, algemaram ele como se fosse um réu perigoso. Alegaram ser procedimento normal, mas não acho que seja procedimento normal. E se for, tem que mudar esse procedimento", disse.

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Meu filho disse que ia se entregar, veio com três agentes armados atrás dele no helicóptero e tinha quase 20 outros esperando ele lá embaixo. Não tinha porque algemar. Precisava da câmera escondida para algemá-lo?", questionou Maluf.
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