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Elo de advogados com lavagem de dinheiro é apurado pela PF

Da Redação

terça-feira, 31 de janeiro de 2006

Atualizado às 12:08


Elo de advogados com lavagem de dinheiro é apurado pela PF


O jornal Folha de S.Paulo informa na sua edição de hoje (31/1/06) que a PF abriu uma investigação para apurar o envolvimento de escritórios de advocacia em crimes de lavagem de dinheiro. Confira abaixo a matéria na íntegra.

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PF apura elo de advogados com lavagem de dinheiro*

Sob supervisão do Ministério Público, a Polícia Federal abriu uma investigação para apurar o envolvimento de escritórios de advocacia em crimes de lavagem de dinheiro. O inquérito, ainda em fase inicial, nasceu da análise da movimentação bancária de alguns advogados, cujos nomes são mantidos em segredo.

Um deles já teve o pedido de quebra dos sigilos bancário e fiscal encaminhado ao Judiciário. A PF aguarda a decisão para dar seqüência às investigações. Suspeita-se que o profissional tenha emitido recibo por serviços que não realizou. Em troca de comissões, cedeu a sua conta para operações de lavagem de dinheiro.

Parte dos recursos, suspeitam os investigadores, nutriu o caixa dois de campanhas eleitorais. Analisando a movimentação de uma das contas, descobriu-se que recebeu grandes depósitos, seguidos de saques que, embora igualmente expressivos, deixaram um resíduo no banco. A suspeita é a de que o dinheiro remanescente seja a comissão do advogado.

Os dados bancários foram repassados ao Ministério Público e à Polícia Federal pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). Vinculado ao Ministério da Fazenda, o órgão recebe do Banco Central informações sobre todos os saques acima de R$ 100 mil realizados na rede bancária. Sempre que identifica algo de suspeito, o Coaf é obrigado a reportar-se ao Ministério Público.

A PF utiliza os mesmos métodos de investigação que vem empregando para apurar a movimentação bancária clandestina dos marqueteiros Duda Mendonça e João Santana, suspeitos de terem enviado dinheiro ilegalmente para fora do país. Por esse motivo, o caso é acompanhado de perto também pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, vinculado ao Ministério da Justiça.

* Fonte: Folha de S.Paulo

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