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TSE suspende jornal da CUT que ataca PSDB

Da Redação

terça-feira, 18 de abril de 2006

Atualizado às 09:16


TSE suspende jornal da CUT que ataca PSDB


Pedido partiu dos tucanos, mas pode ser inócuo porque já foi entregue quase toda a edição de 1,5 milhão de exemplares com ataques a Alckmin


O ministro Marcelo Ribeiro, do TSE, concedeu ontem liminar ao PSDB na qual suspende a distribuição da edição março/abril do "Jornal CUT [Central Única dos Trabalhadores] São Paulo". Sob o mote de um balanço dos 12 anos do partido à frente do governo do Estado, critica o pré-candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin, e faz uma comparação entre os governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva.


A medida, porém, deve ser inócua. A tiragem de 1,5 milhão de exemplares já foi praticamente toda distribuída em um único dia. A CUT de São Paulo disse que irá acatar a medida do TSE, mas que também recorrerá.


"Fico preocupado com a ação do PSDB, que quer censurar o nosso material", disse o presidente regional da entidade, Edílson de Paula. "Esta prática revela o uso ilegal de recursos do trabalhador por um braço do PT com fins eleitoreiros", afirmou o presidente do PSDB de São Paulo, Sidney Beraldo.


"Sai Alckmin, fica a violência, a miséria, o desemprego, as filas nos hospitais, a superlotação nas salas de aula e 65 CPIs engavetadas" é o título do jornal da CUT. O periódico, de quatro páginas, foi impresso na gráfica do Sindicato dos Metalúrgicos a um custo "de R$ 70 a R$ 80 mil", segundo Edilson de Paula.


Ainda na capa, há outras duas chamadas. "Vermelho: dívida do Estado chega a R$ 139 bi" e "Negócios secretos: a outra face do PSDB". A CUT e a Força Sindical, as maiores centrais sindicais do país, recebem recursos federais para qualificação profissional e atendimento a desempregados. O presidente Lula foi um dos fundadores da CUT.


Edílson de Paula disse à Folha que o jornal foi distribuído nas estações de trens, metrôs, portas de fábricas e nas sedes de sindicatos filiados à central no dia 31 de março, data em que Alckmin deixou o governo para poder concorrer à Presidência,
Normalmente, o jornal da entidade, de circulação mensal, tem uma tiragem de 30 mil exemplares. Porém, como tinha o objetivo ser distribuído como forma de manifestação contra problemas do Estado, a tiragem aumentou para 1,5 milhão, como declarou o presidente da CUT São Paulo.


"O jornal não tem caráter político-partidário", defende Edílson de Paula. "Apenas divulgamos o que a imprensa vem noticiando há tempo." Ele afirmou que a entidade costuma fazer um balanço dos governos em época de eleições e que tem por hábito criticar e informar o trabalhador sobre fatos que lhe digam respeito.


No entanto, o mensalão e a cassação dos deputados envolvidos com o esquema do publicitário Marcos Valério de Souza não mereceram tanto destaque da central. O presidente da CUT de São Paulo disse que a entidade se manifestou "pela apuração dos fatos", mas não pediu a cassação de ninguém. Até agora, oito deputados se livraram da perda do mandato em plenário, entre eles três petistas. Só três foram cassados. Quatro renunciaram e outros quatro ainda serão julgados.


Textos


No texto "Alckmin deixa Estado mais pobre e endividado", a CUT usa dados até 2002 para "demonstrar" que o Estado de São Paulo "ficou mais pobre". Acontece que Alckmin tomou posse como governador eleito em 2003, mesmo ano que Lula. Em quase todas as reportagens, o informativo procura vincular Fernando Henrique Cardoso a Geraldo Alckmin, como o PT pretende fazer durante a campanha eleitoral.


O periódico questiona as privatizações realizadas durante o governo do tucano e afirma que o governo federal "não vendeu nenhuma empresa" nos três anos em que Lula está no poder.
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Fonte: Folha de S.Paulo

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