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Comissão OAB/SP entra na luta para localizar crianças desaparecidas

Da Redação

terça-feira, 2 de maio de 2006

Atualizado às 08:42


Comissão OAB/SP entra na luta para localizar crianças desaparecidas


Todos os anos, oito mil crianças e adolescentes desaparecem somente no Estado de São Paulo, uma média de 22 desaparecimentos diários. Diante de dados tão preocupantes, a OAB/SP - por meio de sua Comissão de Direitos da Criança e Adolescente - acaba de firmar parceria com o Departamento de Medicina Legal, Ética Médica, Medicina Social e do Trabalho da Faculdade de Medicina da USP, com base em projeto desenvolvido pelo Centro de Ciências Forenses (Cecinfor), intitulado "Caminho de Volta".


O projeto tem como propósito principal obter o maior número de informações possíveis que auxiliem na localização de crianças e adolescentes desaparecidos por meio de metodologias que envolvem áreas da Psicologia, Biologia Molecular, Genética, Bioinformática e Telemedicina, cuja base de dados é obtida juntos às famílias dos desaparecidos. As famílias também podem usufruir dos serviços de profissionais gratuitamente, como o apoio psicológico. Participam também do projeto a Polícia Civil por meio da Delegacia de Pessoas Desaparecidas (DHPP), Corregedoria Geral do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo; e Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania, entre outros organismos.


Para o presidente da OAB/SP, Luiz Flávio Borges D'Urso, mais uma vez a entidade exerce suas prerrogativas legais e estatuárias de defesa da sociedade ao estabelecer parceria visando colaborar na localização de crianças e adolescentes desaparecidos no Estado de São Paulo. "Milhares de famílias, sobretudo, as menos favorecidas financeiramente, sofrem com a perda de seus filhos, em centenas de casos que não são elucidados. Os dados são preocupantes e as providências precisam ser tomadas em conjunto, unindo sociedade em geral, entidades classistas, organismos oficiais e não-governamentais em busca de uma solução urgente e eficiente", avalia D'Urso.


Conforme o presidente da Comissão dos Direitos da Criança e Adolescente, Ricardo Moraes Cabezón, é importante a OAB somar nesta luta pela localização das crianças e adolescentes desaparecidos, não só pela histórica contribuição que a Instituição dedica a questões similares, sobretudo pelos dados alarmantes que são revelados na origem desses fatos questões jurídicas que afligem a toda a população. "Práticas criminosas como tráfico internacional de crianças, turismo sexual, pedofilia, violência e abusos domésticos, exploração infantil, tráfico de drogas e demais delitos que somente podem ser elucidados com informação e educação da comunidade, colaboração da família e denúncias que permitam a penalização dos responsáveis", diz Cabezón.
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