Califórnia pode ter leis ambientais rigorosas
Da Redação
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
Atualizado às 15:12
Emissão de gases
Califórnia pode ter leis ambientais rigorosas
O Estado norte-americano da Califórnia vai colocar em votação novas leis ambientais rigorosas que restringem as emissões de gases nocivos ao meio ambiente. Um acordo para aprovação das leis foi firmado pelo governador Arnold Schwarzenegger com os políticos estaduais.
Com a legislação, a Califórnia se tornaria o primeiro Estado norte-americano a impor barreiras nas emissões de gás carbônico no país.
Mesmo contra a vontade de alguns dos seus colegas de partido, o republicano Schwarzenegger fechou o acordo com os democratas, que têm maioria no legislativo estadual. "É um acordo histórico para combate ao aquecimento global", disse o governador.
Mercado de emissões
As leis devem ser votadas hoje, prazo em que termina a legislatura estadual. De acordo com a legislação, grandes indústrias teriam de cortar suas emissões de gases nocivos ao meio ambiente, mas poderiam trocar "créditos" de emissão. A meta do Estado é reduzir em 25% as emissões até 2020.
"Nós podemos agora caminhar para um sistema baseado no mercado que faz da Califórnia um líder mundial no esforço para reduzir emissões de gás carbônico", afirmou o governador, em um pronunciamento.
A Califórnia é o mais populoso Estado norte-americano e o 12º maior emissor mundial de gases que provocam o efeito estufa.
Questões ambientais estão entre as prioridades de Schwarzenegger, que vai tentar se reeleger nas eleições de novembro. No mês passado, ele assinou um acordo com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, estabelecendo parcerias na pesquisa de combustíveis limpos e novas tecnologias.
No entanto, as ações do governador na área têm sido criticadas dentro do seu próprio partido. "Adotar regulações caras e pouco práticas pode fazer com que negócios e empregos migrem da Califórnia para outros Estados, ou até mesmo para outros países, sem que haja um compromisso para melhorar a qualidade do ar", disse o líder dos republicanos na assembléia estadual, George Plescia.
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