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Ato de Concentração

MPF: Cade deve reanalisar compra da Embraer pela Boeing

Em janeiro, Cade aprovou a compra de parte da Embraer pela Boeing. A operação havia sido aprovada sem restrições.

Da Redação

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Atualizado em 13 de fevereiro de 2020 09:40

Em pedido ao Cade, o MPF solicitou a reanálise da aprovação da compra de parte da Embraer pela Boeing. A operação foi aprovada em janeiro pelo Conselho ao concluir que não houve problemas concorrenciais.

No entanto, para o parquet, a área técnica da autarquia não analisou todos os mercados que impactam a operação. De acordo com a subprocuradora-geral da República Samantha Chantal Dobrolowolski, o mercado é complexo e a operação contribuirá diretamente na definição, e consequente análise, do mercado mais amplo afetado.

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Na ocasião da compra, o Cade se baseou no segmento de aeronaves comerciais com capacidade entre 100 e 150 assentos.

Para o MPF, o Cade deveria levar em conta o segmento inferior a 100 assentos, referente à aviação de tipo regional. Segundo o parquet, a Embraer fabrica atualmente diversos tipos de aeronaves utilizadas para aviação regional, e detém significativo nível de sucesso neste mercado.

Compra

Em janeiro, o Cade decidiu pela aprovação da operação sem quaisquer restrições. A análise do ato de concentração pela autarquia se deu sob aspectos estritamente concorrenciais.

Segundo a autarquia, a operação não deve impactar negativamente os níveis de rivalidade existentes no mercado, apesar de as condições de entrada no setor não serem favoráveis.

O Cade entendeu que a operação resultará em benefícios para a Embraer, que passará a ser um parceiro estratégico da Boeing. "Dessa maneira, a divisão que permanece na Embraer - aviação executiva e de defesa - contará com maior cooperação tecnológica e comercial da Boeing. Além disso, os investimentos mais pesados da divisão comercial, que possui forte concorrência com a Airbus, ficarão a cargo da Boeing", diz a autarquia.

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