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Manifestante é detido por ataques contra o STF no último sábado

Renan Sena foi liberado após depoimento. Ele já havia sido detido por agressão a enfermeiros na Praça dos Três Poderes.

Da Redação

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Atualizado às 12:47

No último sábado, dia 13 de junho, o Supremo Tribunal Federal foi alvo de ataques. Manifestantes soltaram fogos direcionados à Corte e gravaram vídeos insultando ministros, o Congresso e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.

"Estão entendendo o recado, seus bandidos? Olhem o ângulo dos fogos", diz um manifestante em vídeo divulgado nas redes sociais.. Também são proferidos xingamentos ao Supremo e aos ministros da Corte: "Desafia o povo e vocês vão cair, nós vamos derrubar vocês, medíocres!".

Entre os envolvidos está Renan Sena, ativista apoiador do presidente Bolsonaro. Ele acabou detido neste domingo, mas foi liberado após ser ouvido por policiais e vai responder por injúria e difamação.

Renan Sena é ex-funcionário terceirizado do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, chefiado por Damares Alves. Ele, que também é frequentador do "cercadinho" do Palácio da Alvorada, teve o contrato rescindido em maio após agredir enfermeiros que faziam homenagem, na praça dos Três Poderes, a colegas mortos pela covid-19. Ele também foi indiciado na ocasião e responde a injúria em função deste caso. 

Investigação

O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, pediu, em ofício, que a PGR, a Polícia Federal, a Secretaria de Segurança Pública do DF e o ministro Alexandre de Moraes apurem os ataques e ameaças ao STF e ao Estado Democrático de Direito. O ministro solicita investigação especificamente contra o manifestante Renan Sena, inclusive por postagens em redes sociais, bem como de todos os demais participantes por eventual organização criminosa.

No domingo, 14, o MPF determinou a abertura imediata de inquérito policial para investigar o lançamento dos fogos. Também foi solicitada perícia no local a fim de identificar danos ocorridos no edifício e resguardar provas processuais. 

O procedimento tramita em regime de urgência e sob caráter reservado por questões relacionadas à inteligência das informações. Na representação inicial, foi apontada a gravidade das condutas identificadas por serem dirigidas ao órgão máximo do Poder Judiciário. Para o MPF, os atos podem ser enquadrados na Lei de Segurança Nacional, nos crimes contra a honra, além da Lei de Crimes Ambientais por abranger a sede do STF, situada em área tombada como Patrimônio Histórico Federal.

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