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Bolso x Doria

Bolsonaro diz que governo não vai pagar vacina "de Doria"

Fala se deu após governador de SP dizer que, se governo não incluir vacina no programa nacional, Doria vai pagar coronavac para os Estados.

Da Redação

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Atualizado às 09:48

"Procura outro pra pagar tua vacina aí!" Em nova troca de farpas com o governador de SP, João Doria, sobre vacina contra o novo coronavírus, Bolsonaro disse que "ninguém vai tomar a vacina na marra", e que ele, "que é o governo", não vai comprar a vacina "de Doria", não. Taoquei? Assista.

A questão da vacina para a covid-19 se tornou principal motivo de disputa entre Jair Bolsonaro e o governador João Doria, hoje adversários políticos.

A fala do presidente se deu após João Doria dizer que, se o governo Federal não incluir a vacina no programa nacional de imunização após aprovação da Anvisa, o governo de SP pagará para "todos os governos estaduais" pela Coronavac - vacina desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

Na semana passada, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello teria informado, em reunião com governadores, que o governo Federal compraria 46 milhões de doses da CoronaVac. Mas Bolsonaro desautorizou o ministro: "Já mandei cancelar. O presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade."

Disputa política

Em 16 de outubro, Doria disse que a vacina contra o novo coronavírus em São Paulo será obrigatória. Ato contínuo, o presidente Bolsonaro deu uma série de declarações dizendo que a população não pode ser obrigada a se vacinar.

Embora briguem pela vacina, presidente e governador do maior Estado da Federação travam, em verdade, uma batalha política. Antes de falar da vacina, na transmissão semanal realizada pelas redes sociais, o presidente Bolsonaro acusou João Doria de, em plena pandemia, aumentar impostos, o que, segundo Bolsonaro, teria causado aumento de produtos como os da cesta básica, diesel, álcool e outros. "Agora o problema... quando o 'cara' vai no mercado e vê que o combustível está alto, o arroz está alto, ele lembra de mim, não lembra do governador de SP."

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