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Consciência negra

Juíza negra entra na magistratura sem cotas, mas defende política: "Judiciário plural"

A juíza Federal Adriana Cruz também levanta outras iniciativas que podem ser feitas para garantir um Judiciário mais plural.

Da Redação

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Atualizado às 07:16

O sistema de cotas raciais foi adotado pelo Judiciário em 2015, por meio da resolução de 203 do CNJ, para garantir 20% das vagas de cargos efetivos e de ingresso na magistratura para negros. À época, os negros eram apenas cerca de 15% do total de juízes no Brasil.

A edição da norma veio pouco tempo depois da publicação da lei 12.990/14, que reservou aos negros 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos.

 

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Três anos mais tarde, em 2018, uma pesquisa nacional elaborada pela AMB - Associação dos Magistrados Brasileiros mostrou o baixíssimo acesso de pessoas negras nos concursos para a magistratura. De 149 entrevistados que prestaram concurso para a magistratura Federal, em 1º grau, apenas uma pessoa foi aprovada para vagas destinadas às pessoas negras, o que representa 0,7%.

 (Imagem: Arte Migalhas)

(Imagem: Arte Migalhas)

Embora não tenha ingressado na magistratura por meio do sistema de cotas, a juíza Federal Adriana Cruz, da 5ª vara Criminal do RJ, avalia positivamente a política de cotas ao afimar que se sente beneficiada pelo sistema: "um Judiciário mais plural tende a oferecer uma resposta de maior qualidade para a sociedade".

Para além das cotas, quais outras iniciativas podem ser tomadas a fim de garantir um Judiciário inclusivo e diverso? 

A magistrada elenca algumas delas:

  • Qualidade do serviço que se presta à população negra, garantindo igualdade de tratamento;
  • Acesso às bibliotecas e ao acervo digital dos Tribunais pelo candidatos;
  • Barateamento dos concursos.

 

 

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