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Educação

Justiça do RS aceita recuperação judicial da Educação Metodista

Na decisão, o magistrado reconheceu a relevância da instituição de ensino para o país e a importância da preservação das atividades acadêmicas.

Da Redação

terça-feira, 11 de maio de 2021

Atualizado às 11:00

A Educação Metodista teve seu pedido de recuperação judicial aprovado nesta segunda-feira, 10 de maio, pelo juiz Gilberto Schäfer, da 2ª vara Empresarial do TJ/RS. Na decisão, o magistrado reconheceu a relevância da instituição de ensino para o país e a importância da preservação das atividades acadêmicas. O grupo agora tem 60 dias para apresentar seu plano de recuperação à justiça e aos credores.

 (Imagem: Freepik)

(Imagem: Freepik)
"Com a aprovação do pedido de recuperação judicial, ganhamos fôlego para reestruturar a Educação Metodista a fim de restabelecer nosso equilíbrio financeiro e retomar o crescimento", afirma Mauricio Fontoura, diretor financeiro da instituição.

Elaborado pela Educação Metodista juntamente com a consultoria Alvarez & Marsal e o escritório de advocacia Galdino & Coelho, o plano deverá apresentar propostas para a reestruturação do grupo e para o pagamento aos credores. A reorganização da instituição de ensino envolve ainda a implementação de um novo modelo de gestão e a desmobilização de ativos não-operacionais. Um Administrador Judicial, já nomeado pelo juiz, vai acompanhar todo o processo.

"O momento, mais do que nunca, reconhece que o direito deve estar em frequente movimento, adequando-se à realidade do dinamismo social, unindo os tempos do direito e dos fatos da vida. Só assim conseguiremos proteger e soerguer agentes econômicos dos quais a nação necessita. Sem elas, não há riquezas", afirma Luiz Roberto Ayoub, sócio do escritório Galdino & Coelho.

Tradicional grupo do setor educacional, a Educação Metodista conta atualmente com 11 colégios e 6 instituições de ensino superior (2 universidades, 2 centros universitários e 2 faculdades), que oferecem 80 cursos presenciais e 25 cursos na modalidade EAD nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais. A instituição emprega cerca de 3 mil funcionários, dos quais 1.200 são docentes, e atende 19 mil alunos da educação básica ao ensino superior.

Desde 2015, a Educação Metodista vem enfrentando uma redução significativa do número de alunos, o que provocou um forte impacto na receita e o consequente desequilíbrio financeiro. A crise das instituições metodistas de educação teve início com a mudança nas regras do Fies - Fundo de Financiamento Estudantil e se acentuou com o cenário econômico de recessão dos últimos anos. A pandemia da covid-19 agravou a situação da instituição.

Diante deste contexto, o grupo educacional adotou todas as medidas possíveis para reduzir perdas e preservar escolas e instituições de ensino superior. Neste sentido, a Educação Metodista optou pela recuperação judicial a fim de manter suas atividades acadêmicas.

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