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Sergio Moro | Advocacia

Moro x Criminalistas: Ex-juiz ataca advogados em corrida eleitoral

Moro criticou advogados criminalistas, acusando-os de serem coniventes com a corrupção. "Vejo que o clube dos advogados pela impunidade quer debater. Desculpem, mas este é um clube do qual não quero participar", disse no Twitter.

Da Redação

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Atualizado às 15:04

Lula e Bolsonaro são figuras batidas na lista de inimigos políticos de Sergio Moro. O que muitas pessoas acabam ignorando é que a Advocacia também ocupa um lugar de destaque nessa relação de oponentes.

Quem confirma isso é o próprio ex-juiz Moro. Em recentes declarações à revista Veja, e nas redes sociais, Sergio Moro ofende advogados que criticaram sua atuação na magistratura. Nesta reportagem, migalheiro, você verá que o posicionamento hostil de Moro em relação à classe de advogados não é algo novo, mas vem desde o início da Lava Jato, durante as audiências.

 (Imagem: Pedro Ladeira | Folhapress)

Moro x Criminalistas: Ex-juiz ataca advogados em corrida eleitoral.(Imagem: Pedro Ladeira | Folhapress)

Ataques ao Prerrogativas

Em entrevista à revista Veja, Sergio Moro foi questionado sobre o porquê das críticas à Lava Jato partirem de advogados, em sua grande parte. O ex-juiz, então, responde o seguinte:

"Há um grupo de advogados, como esse Prerrogativas, trabalhando pela impunidade de corruptos. Esses mesmos advogados se arvoram de alguma espécie de ética, de alguma espécie de superioridade moral em relação ao Ministério Público e em relação aos juízes que participaram desses casos. No fundo a vergonha está neles."

O Grupo Prerrogativas reúne advogados e profissionais do Direito e, imediatamente, já rebateu as acusações proferidas por Moro. O coordenador do grupo, Marco Aurélio de Carvalho, já desafiou o ex-juiz para um debate:

"Estamos convidando o ex-juiz Moro para um debate público sobre o sistema de Justiça. Queremos saber se ele tem coragem e espírito público para aceitar."

Quem também reagiu às acusações de Sergio Moro foi Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, também integrante do Grupo Prerrogativas. À Veja, Kakay assevera que a visão de Moro sobre a advocacia "é de alguém que instrumentalizou o Judiciário por um projeto pessoal".

"Defendemos as garantias constitucionais, como a presunção de inocência, para todos, inclusive para ele e o bando que ele coordena. Queremos que ele responda pelos crimes que cometeu usufruindo de todos os direitos que ele negava enquanto juiz. Inclusive o da prisão só após o trânsito em julgado."

Ataques a Antônio Cláudio Mariz de Oliveira

Hoje, no Twitter, Sergio Moro atacou também o advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, que não concordou com o projeto do ex-juiz sobre a reforma do Judiciário. Moro resgatou um vídeo de Mariz dizendo o seguinte:

 (Imagem: Reprodução | Twitter)

(Imagem: Reprodução | Twitter)

A fala de Moro foi rechaçada nas redes sociais por outros criminalistas.

 (Imagem: Reprodução | Twitter)

(Imagem: Reprodução | Twitter)

 

Ao tomar ciência da repercussão, Moro seguiu adiante com o discurso da "advocacia e impunidade".

 (Imagem: Reprodução | Twitter)

(Imagem: Reprodução | Twitter)

Hostilidade de longa data

Em 2016, Migalhas publicou vídeo no qual mostra Sergio Moro respondendo de forma irônica e ríspida ao advogado Cristiano Zanin, que, na ocasião, fez apontamentos processuais sobre a oitiva de uma testemunha. Relembre:

Moro: "tá bom, doutor. Uma linha de advocacia muito boa", ironizou à época. 

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