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Caso Genivaldo

Ministro diz que morte por asfixia em carro da PRF é "caso isolado"

Em audiência na Câmara, Anderson Torres elogiou trabalho da PRF.

Da Redação

quinta-feira, 16 de junho de 2022

Atualizado às 10:15

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, destacou o trabalho da PRF, em audiência na Comissão de Direitos Humanos e Minorias, na tarde desta quarta-feira, 15. Torres foi convidado pela comissão para responder questões relativas à morte de Genivaldo de Jesus Santos, que foi morto por policiais rodoviários federais durante uma abordagem na cidade de Umbaúba/SE, em 25 de maio. O ministro assegurou que o episódio que culminou na morte de Genivaldo foi um caso isolado e classificou a PRF como "uma das melhores instituições do mundo".

"Tenho toda a certeza que esse ato foi um ato isolado, não condiz com a realidade da Polícia Rodoviária Federal e estamos diante, hoje, com toda certeza, de uma das melhores instituições do mundo, a PRF. Os números são impressionantes, têm ajudado muito na diminuição dos crimes e ajudado muito a sociedade brasileira a ter dias um pouco melhores diante do problema grave de segurança pública que o país vive", disse Torres, destacando dados de apreensões de drogas e abordagens nos últimos anos.

Também presente à sessão, o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, garantiu que esse tipo de procedimento não é ensinado pela corporação. 

"O que aconteceu em Sergipe nunca foi ensinado em nenhuma escola da Polícia Rodoviária Federal, na nossa universidade. Em nenhum curso da instituição ocorreu algum tipo de orientação para aquele procedimento e a instituição entende que aquele fato é grave e vai trabalhar para a devida apuração."

Vasques afirmou que os agentes identificados como responsáveis pela morte de Genivaldo estão em casa, atendendo à corregedoria da PRF e às investigações da Polícia Federal. Torres foi questionado por deputados por que esses policiais não estão presos e ele citou uma decisão da Justiça Federal em Sergipe, que negou o pedido de prisão dos policiais.

O caso

Genivaldo de Jesus Santos, 38 anos, morreu após abordagem de policiais rodoviários federais no município de Umbaúba, cerca de 100 km da capital Aracaju.

Vídeos mostram agentes da PRF prendendo o homem dentro do porta-malas da viatura com uma bomba de gás lacrimogênio. Segundo laudo do IML, a causa da morte foi "insuficiência aguda secundária a asfixia".

Familiares de Genivaldo de Jesus Santos contaram à imprensa local que ele andava de moto quando foi parado pela blitz. De acordo com sobrinho e esposa, ele tinha transtornos mentais e havia mostrado aos policiais os remédios e a receita médica. Assista à cena, que contém imagens fortes:

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