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Trabalhista

TRT-2: Risco no transporte de valores não configura dano moral

Para juízo de origem, a empregada não comprovou que o fato de ter que se deslocar com dinheiro tenha lhe causado qualquer transtorno.

Da Redação

domingo, 14 de agosto de 2022

Atualizado em 15 de agosto de 2022 14:22

A 2ª turma do TRT da 2ª região afastou a possibilidade de dano moral a uma trabalhadora que teria a responsabilidade de transportar altos valores no exercício de sua função e que não recebia os depósitos do FGTS. A mulher atuava como recepcionista em uma empresa fornecedora de mobiliário e materiais decorativos.

O juízo de origem esclareceu que esse tipo de indenização depende do dano propriamente dito e que a empregada não comprovou que o fato de ter que se deslocar com dinheiro ou que a falta dos depósitos do Fundo de Garantia tenham lhe causado qualquer transtorno capaz de macular sua imagem, honra e respeitabilidade.

 (Imagem: FreePik)

Risco no transporte de valores não configura dano moral.(Imagem: FreePik)

Em recurso, a trabalhadora insistiu que os altos valores a colocavam sob risco de assaltos e infortúnios, mas segundo a desembargadora relatora Sônia Maria Forster do Amaral, "não se vislumbra qualquer ato ilícito por parte da reclamada, nem mesmo qualquer prejuízo à autora, ainda que de cunho imaterial, mesmo porque o pedido se baseia em situação hipotética, não ocorrida e meramente potencial".

Segundo a magistrada, ainda que os autos tenham comprovado o transporte de cerca de R$ 16 mil ao menos uma vez por semana, o fato é irrelevante nesse contexto.

"A rigor, a recorrente pleiteia indenização por danos morais pelo tão só fato do próprio labor, o que não se pode admitir."

Embora tenha frustrado a trabalhadora quanto à pretensão do dano moral, a decisão determinou que a empresa faça os devidos depósitos do FGTS.

Confira aqui a decisão.

Informações: TRT-2

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