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STF suspende decisões que garantiam a isenção de Cofins para escritórios de advocacia de MG

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Da Redação

segunda-feira, 26 de março de 2007

Atualizado às 09:03


Ação Cautelar

STF suspende decisões que garantiam a isenção de Cofins para escritórios de advocacia de MG

Ao analisar a AC 1589 (clique aqui), o ministro Sepúlveda Pertence, do STF, deferiu, ad referendum, a antecipação de tutela no RE 539868 (clique aqui), para sobrestar os efeitos de mandado de segurança deferido pelo TRF-1.

Com esta decisão, fica sem efeito, até o julgamento definitivo do RE, o mandado concedido à OAB/MG, que garantia a todos os escritórios de advocacia mineiros a isenção de Cofins,

O relator, ministro Sepúlveda Pertence, lembrou, de início, a decisão da 1ª Turma do STF no julgamento do RE 410624 (clique aqui). O acórdão assentou a legitimidade da revogação, pela Lei 9430/96 (clique aqui), da isenção de Cofins concedida às sociedades civis de profissão regulamentada pela Lei Complementar 70/91 (clique aqui).

Naquela decisão, a 1ª Turma ressaltou que "a norma revogada - embora inserida formalmente em lei complementar - concedia isenção de tributo federal e, portanto, submetia-se à disposição de lei federal ordinária, que outra lei ordinária da União, validamente, poderia revogar, como efetivamente revogou"

Sepúlveda disse, ainda, que a questão foi levada a Plenário (RE 377475 - clique aqui e 381964 - clique aqui), cujo julgamento foi interrompido em 14 de março de 2007. Na ocasião, oito ministros já teriam votado no mesmo sentido da tese constitucional do presente RE. Mesmo com a interrupção do julgamento por um pedido de vista do ministro Marco Aurélio, Sepúlveda afirma não ser isso suficiente para impedir esta liminar, "seja por causa do número de votos já proferidos em Plenário, seja por causa do julgamento do RE 419629 (clique aqui), do qual o ministro Marco Aurélio participou e votou pela legitimidade da alegada revogação por lei ordinária da isenção concedida por lei complementar".

Por fim, o ministro salientou que a suspensão dos efeitos do acórdão do TRF-1 restabeleceria os da sentença, que também concedera a segurança, declarando o direito das sociedades de advogados, de não pagarem a Cofins. Dessa forma, a suspensão seria inócua. Assim, Sepúlveda Pertence deferiu "a antecipação da tutela postulada no recurso extraordinário para sobrestar - até o julgamento definitivo - os efeitos do mandado de segurança deferido por ambas as instâncias ordinárias".

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