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Análise

Farofa da Gkay: Tirulipa cometeu crime ao tirar biquínis de mulheres?

Advogado explica o caso em que o humorista foi expulso da festa após desamarrar vários biquínis durante brincadeira em caixa d'água, estilo "banheira do Gugu".

Da Redação

quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Atualizado às 17:43

Anualmente, a influencer Gessica Kayane, conhecida como Gkay, realiza uma grande festa para celebridades e subcelebridades que dura cerca de três dias e rende muitas histórias e polêmicas nas redes sociais. A "Farofa da Gkay" vem se tornando ano a ano mais famosa e atraindo, inclusive, patrocinadores.

Neste ano, inúmeros artistas e convidados têm se divertido com shows, gincanas e uma série de atividades que são transmitidas em tempo real pelas redes sociais e por canal de assinatura. No entanto, nem todas as notícias foram positivas neste ano.

Um dos assuntos mais comentados da festa foi o episódio em que o humorista Tirulipa, filho do comediante e deputado Federal Tiririca, puxou a alça dos biquínis das participantes, exibindo os seios das mulheres sem o seu consentimento e causando extremo constrangimento.

A gincana realizada em caixa d'água imitava a antiga "banheira do Gugu". Após o acontecido e a repercussão nas redes sociais, o humorista foi expulso do evento e acusado pela influencer Nicole Louise de cometer assédio.

A influencer ficou bastante abalada e afirmou que o ato foi invasivo e inaceitável. Afinal, a atitude pode se caracterizar como crime?

De acordo com a análise do advogado Francisco Gomes Junior, sócio da OGF Advogados, em tese, pode-se falar sobre alguns crimes no episódio. Para ele, crimes contra a honra das vítimas e também importunação sexual podem ser identificados no caso.

"Inicialmente, contra a honra das vítimas, mas também como importunação sexual que é a prática de ato libidinoso, como desnudar alguém contra sua vontade. Assim, as vítimas que se sentirem ofendidas podem apresentar queixa perante as autoridades policiais."

O advogado ainda ressalta que "ultimamente uma série de atitudes por parte de comediantes vem sendo questionadas e, em sua defesa, muitos deles alegam que o humor não pode sofrer censura prévia ou limitação, cujo ato é uma limitação à liberdade de expressão".

Segundo o advogado, no entanto, neste caso a discussão é diferente.

"Como houve o toque físico que desnudou as modelos, não há de se levar o tema para a esfera da liberdade de expressão. O ato invasivo e físico contra outra pessoa nunca é abrangido pelo princípio da liberdade de expressão. E vale ressaltar também que mesmo a liberdade de expressão não é absoluta, não existe liberdade de ofensa."

Por fim, o advogado disse esperar que esse seja o último ato negativo da "Farofa da Gkay" e que "as notícias foquem apenas nos aspectos alegres e de diversão da festa".

OGF Advogados

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