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Ataques no DF

Anderson Torres nega conivência e classifica ataque como "barbárie"

Ex-secretário de segurança do DF disse que foi o "dia mais amargo" de sua vida pessoal e profissional.

Da Redação

segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Atualizado às 07:33

O ex-secretário de segurança do DF e ex-integrante do governo Jair Bolsonaro, Anderson Torres, se pronunciou a respeito dos ataques ocorridos no domingo, 8, em Brasília. Torres afirmou que foi o "dia mais amargo" de sua vida pessoal e profissional.

Anderson Torres estava de férias nos Estados Unidos quando os ataques aconteceram. Grupos radicais invadiram os três Poderes da República e depredaram os prédios e patrimônios públicos. Após a ação, governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, exonerou Torres do cargo.

O governo Federal decretou intervenção na segurança pública no DF até o dia 31 de janeiro, conforme o disposto no art. 117-A da lei orgânica do Distrito Federal. E a AGU ingressou com uma petição no STF requerendo uma série de medidas judiciais em resposta aos atos criminosos ocorridos. Dentre os pedidos, figuram a prisão em flagrante de Anderson Torres e de demais agentes públicos responsáveis por atos e omissões. 

Leia o pronunciamento de Anderson Torres na íntegra.

 (Imagem: Reprodução)

O ex-secretário de segurança do DF, Anderson Torres se pronunciou a respeito dos ataques ocorridos em Brasília(Imagem: Reprodução)

"PRONUNCIAMENTO

9 janeiro 2023

Ontem, oito de janeiro, eu vivi, sem sombra de dúvida, o dia mais amargo da minha vida pessoal e profissional.

No exterior, no segundo dia das férias há meses sonhadas pela minha família, fui surpreendido pelas lamentáveis cenas que aconteceram na Esplanada dos Ministérios na tarde de domingo.

Os ataques inimagináveis a todas as instâncias dos poderes da República brasileira foram um dos pontos mais tristes dos últimos anos da nossa história.

Repudio veementemente a covardia que assistimos neste domingo.

Tais atos são totalmente incompatíveis com todas as minhas crenças do que seja importante para o fortalecimento da política no Brasil.

As divergências político-ideológicas jamais podem ser usadas como combustível para agressões, de qualquer tipo.

Em um caso de insanidade coletiva como esse, há que se buscar soluções coerentes com a importância da democracia brasileira.

Sempre pautei minha vida pelo respeito às leis e às instituições, fosse atuando como policial, como secretário de segurança ou como ministro da justiça.

Nesse sentido, lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos.

Estou certo de que esse execrável episódio será totalmente esclarecido, e seus responsáveis exemplarmente punidos."

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