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Operação Hinsberg

Renato Cariani é alvo de busca e apreensão da PF; Justiça nega prisão

Influenciador fitness é sócio de empresa investigada por desviar produtos químicos para produção de drogas.

Da Redação

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Atualizado às 18:03

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 12, a Operação Hinsberg, que tem como objetivo reprimir e desarticular organização criminosa que desviou produtos químicos para produção de drogas. Sócio de empresa investigada na operação, o influenciador fitness Renato Cariani foi alvo de busca e apreensão da PF.

Mais de 18 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços situados em São Paulo, Paraná e Minas Gerais. A PF solicitou a prisão dos envolvidos, com parecer favorável do Ministério Público, mas a Justiça negou o pedido.


O nome da operação faz alusão a Oscar Hinsberg, químico que percebeu a possibilidade de converter compostos químicos em fenacetina. Tal substância foi o principal insumo químico desviado.


Segundo a PF, o controle de insumos químicos e a repressão dos desvios para o tráfico de drogas têm se configurado como ferramenta de inteligência utilizada pela PF na mitigação da produção e oferta de entorpecentes no território nacional.

As investigações revelaram que o esquema abrangia a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas a vender produtos químicos em São Paulo, usando "laranjas" para depósitos em espécie, como se fossem funcionários de grandes multinacionais, vítimas que figuraram como compradoras. 

De acordo com a PF, foram identificadas 60 transações dissimuladas vinculadas à atuação da organização criminosa, totalizando, aproximadamente, 12 toneladas de produtos químicos (fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila), o que corresponde à mais de 19 toneladas de cocaína e crack prontas para consumo.

As investigações revelaram, ainda, segundo a PF, que os envolvidos empregavam diversas metodologias para ocultar e dissimular a procedência ilícita dos valores recebidos, tais como interpostas pessoas e constituição de empresas fictícias.

As pessoas relacionadas aos fatos investigados responderão, cada qual dentro da sua esfera de responsabilidade, pelos crimes de tráfico equiparado, associação para fins de tráfico, bem como pelo crime de lavagem de dinheiro. As penas cominadas podem ultrapassar 35 anos de reclusão.

"Empresa totalmente regulada"

Em vídeo postado nas redes sociais e no YouTube, Renato Cariani confirmou que sofreu a busca e apreensão e que a empresa alvo da investigação foi fundada em 1981.

"Tem mais de 40 anos de história, é uma empresa linda, onde minha sócia com 71 anos de idade ainda é a grande administradora, a grande gestora da empresa, é quem conduz a empresa, que tem sede própria, que tem todas as licenças, todas certificações nacionais e internacionais, uma empresa que trabalha totalmente regulada."

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