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Mortes na Amazônia

TRF-1 mantém Júri popular para 2 dos 3 acusados pela morte de Bruno e Dom

Colegiado aceitou o recurso de Oseney da Costa de Oliveira por falta de provas; indigenista e jornalista foram mortos a tiros em junho de 2022.

Da Redação

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Atualizado às 11:22

A 4ª turma do TRF da 1ª região decidiu manter o júri popular para dois dos três acusados pelos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips.

Os réus Amarildo Oliveira, o Pelado, e Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha, tiveram seus recursos negados e serão julgados por homicídio e "ocultação de cadáver".

Já Oseney da Costa de Oliveira, irmão de Amarildo, teve seu recurso aceito pela turma e deverá ter sua soltura concedida pelo relator, desembargador Marcos Augusto de Sousa.

 (Imagem: Bruno Santos/Folhapress)

Dois dos três acusados pela morte de Bruno e Dom vão a júri popular.(Imagem: Bruno Santos/Folhapress)

Decisão judicial

Os desembargadores analisaram os recursos dos acusados contra a decisão de pronúncia, proferida em outubro de 2023, pelo juízo da vara Federal de Tabatinga/AM, que determinou que os acusados sejam julgados pelo Tribunal do Júri.

O colegiado seguiu o voto do desembargador Marcos Augusto. Para ele, não há provas da participação de Oseney nos homicídios, e o "Ministério Público" "não colocou Oseney na cena do crime". Ele apenas deu carona a Amarildo, seu irmão, de canoa.

"O réu estava nas proximidades do local do crime. Local e cena do crime são coisas diferentes."

Sobre Amarildo e Jefferson, o desembargador manteve a decisão para que sejam julgados.

"Assevero existir nos autos provas de materialidade de homicídio e ocultação de cadáver."

Os advogados defenderam a nulidade da sentença. O advogado Lucas Sá, representante de Amarildo e Oseney, alegou cerceamento de defesa por falta de provas, além de tortura a Amarildo.

A defesa de Jefferson alegou que ele não participou do assassinato.

Entenda o caso

Bruno e Dom foram mortos em 5 de junho de 2022, vítimas de emboscada enquanto viajavam de barco no Vale do Javari, região que abriga a segunda maior "Terra Indígena" do país, com mais de 8,5 milhões de hectares.

A dupla foi vista pela última vez a caminho de Atalaia do Norte (AM). Seus corpos foram resgatados dez dias depois, enterrados em mata fechada, a 3 quilômetros do Rio Itacoaí.

Colaborador do "The Guardian", Dom dedicava-se ao jornalismo ambiental e preparava um livro sobre a Amazônia.

Bruno, ex-coordenador da "Funai", recebeu ameaças por defender comunidades indígenas e o meio ambiente.

O acórdão do processo ainda não foi divulgado.

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