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Agressão

Oficiala é agredida por PM enquanto cumpria mandado no Dia da Mulher

Sargento da Polícia Militar teria desferido cabeçada e soco no rosto da servidora; TJ/MG, CNJ e PM/MG repudiaram o caso.

Da Redação

segunda-feira, 10 de março de 2025

Atualizado às 09:51

Uma oficiala de justiça denunciou ter sido agredida com cabeçadas e socos por um sargento da Polícia Militar de MG enquanto cumpria um madado na tarde deste sábado, 8, no Dia Internacional da Mulher. O fato ocorreu em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A vítima, Maria Sueli Sobrinho, de 48 anos, relatou que o policial proferiu uma cabeçada e um soco no rosto, a deixando atordoada e precisando de atendimento médico.

Segundo ela, estava cumprindo ummandado judicial de rotina quando foi informada pelo policial que a pessoa intimada seria ele. No entanto, ao conferir a documentação, a oficial constatou que o nome não correspondia ao indicado no mandado.

Foi então que o sargento da PM se apresentou como sendo o destinatário da intimação, mas em seguida apontou para um homem que seria, supostamente, seu enteado, afirmando que ele era o verdadeiro intimado.

Ao questionar o porquê da informação errada, a oficial afirmou que o sargento começou a se tornar agressivo e a se aproximar de maneira intimidadora.

Quando avisou que poderia chamar uma viatura caso sofresse qualquer agressão, o policial respondeu "toma aqui sua viatura" e desferiu uma cabeçada contra o rosto dela.

Em seguida, o PM ainda teria dado um soco na oficiala, que caiu no chão, atordoada com o impacto. Segundo Maria Sueli, o agressor ironizou a situação e afirmou que aquilo "era só lesão corporal" e que "não daria em nada" para ele.

Mesmo ferida, a oficial conseguiu se levantar e ligou para seu marido, que seria major da Polícia Militar, pedindo auxílio. O agressor fugiu antes da chegada da viatura, mas foi localizado horas depois e detido por militares do 48º Batalhão da PM/MG.

 (Imagem: Reprodução/Redes sociais)

Oficiala de Justiça é agredida enquanto trabalhava no Dia da Mulher.(Imagem: Reprodução/Redes sociais)

Polícia Militar se manifesta sobre o caso

A PM/MG divulgou nota oficial informando que o agressor é um policial militar que estava fora do horário de serviço. Segundo a corporação, ele foi preso em flagrante e todas as providências foram adotadas tanto pela Polícia Judiciária quanto pela Polícia Judiciária Militar.

"Em relação à ocorrência em Ibirité, na Região Metropolitana de BH, envolvendo uma oficial de Justiça, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), por meio da 2ª Região de Polícia Militar (2ª RPM), informa tratar-se de policial militar fora do horário de serviço, preso em flagrante, e que todas as providências, tanto de Polícia Judiciária quanto de Polícia Judiciária Militar, foram adotadas pela corporação", diz a nota.

TJ/MG e CNJ repudiaram a agressão

Diante da repercussão do caso, o TJ/MG emitiu uma nota repudiando veementemente a agressão sofrida pela oficiala. O Tribunal classificou o fato como inaceitável, ressaltando a gravidade da violência, especialmente por ter ocorrido no Dia Internacional da Mulher.

"A servidora foi agredida quando cumpria o seu dever funcional e necessitou de atendimento médico. O fato é inaceitável e causa indignação, sobretudo por ter ocorrido no dia que simboliza a luta das mulheres por respeito e igualdade."

A Corte também afirmou que acompanhará de perto a apuração do caso e prestará total apoio à oficiala agredida. O Gabinete de Segurança Institucional do TJ/MG foi acionado após o ocorrido, reafirmando o compromisso do tribunal com a proteção dos seus servidores.

O tribunal ainda informou que convocará uma reunião com o sindicato da categoria para discutir medidas de segurança para os oficiais de justiça, visando preservar sua integridade física e moral durante o cumprimento de suas funções.

O CNJ também repudiou a agressão e destacou que o caso não pode ser tratado apenas como um episódio isolado de violência contra um servidor da Justiça, mas também como uma grave violência de gênero.

"Além de ser uma agressão à Justiça, o caso se torna ainda mais grave por constituir, também, uma agressão contra uma mulher que desempenhava o seu trabalho. Todo tipo de violência contra mulheres é inadmissível e não pode ser tolerado."

O órgão garantiu que o Departamento Nacional de Polícia Judicial acompanhará o caso junto ao TJ/MG para assegurar que o agressor seja devidamente responsabilizado.

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