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Suspeição de promotores

Caso de advogada comparada a "cadela" fica parado e pode prescrever

Ao menos 10 promotores recusaram dar andamento ao caso.

Da Redação

domingo, 6 de abril de 2025

Atualizado em 11 de abril de 2025 15:09

Um ano e meio após o promotor Walber Luís do Nascimento comparar a advogada criminalista Catharina Estrella a uma "cadela" durante uma audiência do Tribunal do Júri em Manaus/AM, o processo movido contra o acusado continua sem avanço. Segundo a defesa da advogada, dez promotores e um juiz se declararam suspeitos para julgar o caso, o que paralisou a ação.

O episódio ocorreu em setembro de 2023, quando, durante uma sessão, o promotor afirmou que, em termos de lealdade, o animal seria mais leal que a advogada. A fala foi registrada em vídeo e gerou forte repercussão.

Relembre:

O processo é por injúria e pode prescrever ainda este ano. A paralisação do caso é justificada pelos representantes do MP/AM como decorrente de relações de proximidade profissional ou pessoal com o promotor, hoje aposentado, o que comprometeria a imparcialidade de seus colegas. A informação foi publicada pelo jornal O Globo.

O MP/AM informou que no último dia 31, a juíza do 1º Juizado Especial Criminal da Comarca de Manaus, Themis Catunda de Souza Lourenço, determinou que o processo fosse redistribuído à Justiça Comum. A promotora que vai atuar neste processo é Tainá dos Santos Madela.

Aposentadoria

No mesmo mês em que ocorreu o episódio, o promotor do caso pediu aposentadoria, a qual foi deferida por cumprir os requisitos necessários, com proventos de R$ 42 mil. 

Corporativismo

A defesa de Catharina Estrella, representada pelo advogado Alberto Zacharias Toron, vê a situação como um exemplo de corporativismo e classifica a conduta dos promotores como "vergonhosa": "É com muita estranheza que tantos promotores tenham se declarado suspeitos, o que demonstra, infelizmente, um cooperativismo para proteger o colega".

Além do processo por injúria, há um segundo processo por calúnia contra o promotor, em tramitação na 1ª vara Criminal de Manaus.

O juiz Carlos Henrique Jardim da Silva, que presidia a audiência, foi responsabilizado pelo CNJ por omissão e recebeu, em fevereiro deste ano, a pena de censura disciplinar.

Já o promotor Walber Nascimento foi aposentado pelo MP/AM 16 dias após o caso vir a público, com salário integral de R$ 42,3 mil, segundo informações do G1.

Antes disso, ainda teria tirado 20 dias de férias. A aposentadoria foi justificada como sendo por tempo de serviço, e não como punição pelo episódio.

Defesa nega

Em nota enviada à imprensa, o advogado do promotor, Bruno Infante Fonseca, afirmou que as acusações são infundadas e que não cabe ao seu cliente se manifestar sobre a conduta de outros servidores públicos. Disse ainda que as matérias jornalísticas sobre o tema buscam apenas influenciar os processos em andamento.

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