MIGALHAS QUENTES

  1. Home >
  2. Quentes >
  3. Para vice-PGR, é preciso descapitalizar crime organizado para frear crime ambiental
COP 30

Para vice-PGR, é preciso descapitalizar crime organizado para frear crime ambiental

Hindenburgo Chateaubriand destaca que o Ministério Público deve atuar de forma estratégica, preventiva e repressiva, para proteger o meio ambiente.

Da Redação

quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Atualizado às 15:34

No Fórum de procuradores-Gerais para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, COP30, realizado em Belém/PA, a relação entre o crime organizado transnacional e os crimes ambientais foi amplamente debatida.

O vice-procurador-Geral da República, Hindenburgo Chateaubriand, ressaltou a importância de identificar as fontes de financiamento do crime ambiental, visando desarticular as redes criminosas transnacionais.

"Acreditamos que o futuro do combate ao crime ambiental passa pela nossa atuação estratégica, preventiva e repressiva, usando a tecnologia para descapitalizar organizações criminosas e proteger o patrimônio brasileiro."

 (Imagem: Antônio Augusto / Comunicação MPF)

Fórum de Procuradores-Gerais para a COP 30 é realizado em Belém/PA.(Imagem: Antônio Augusto / Comunicação MPF)

O vice-PGR mencionou operações realizadas no Brasil com a participação do MPF, como a Rios Voadores, que desmantelou uma grande organização criminosa envolvida em desmatamento e grilagem no Pará, com movimentação de R$ 1 bilhão entre 2012 e 2015. Outra operação citada foi a Pronta Resposta, em parceria com a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, que resultou na apreensão de 47kg de ouro ilegal no Amazonas, avaliados em aproximadamente 2,8 milhões de dólares.

Chateaubriand também destacou a atuação preventiva do MPF por meio do Projeto Amazônia Protege, que utiliza imagens de satélite e cruzamento de dados para identificar os responsáveis pelo desmatamento ilegal. "O criminoso é forçado a arcar com os custos financeiros da reparação e compensação, minando sua capacidade de reinvestir na atividade ilegal", afirmou.

Durante o encontro, os procuradores-gerais defenderam o fortalecimento da cooperação internacional e a troca de informações estratégicas entre países para combater as mudanças climáticas e preservar o meio ambiente. O procurador-Geral do Azerbaijão, Kamran Aliyev, enfatizou que a destruição ambiental é um problema global e uma fonte de recursos para outros crimes.

Estudo do Instituto Igarapé aponta que o crime ambiental movimenta entre 110 bilhões e 281 bilhões de dólares por ano no mundo. O procurador-geral de Portugal, Amadeu Guerra, defendeu a investigação patrimonial para confiscar os bens obtidos com crimes ambientais, como forma de desarticular as redes criminosas. "Obter a responsabilização penal e financeira dos agentes permite reparar os danos e mostrar que a prática ilegal não compensa", concluiu.

Patrocínio

Patrocínio

CASTANHEIRA MUNDIM & PIRES ADVOCACIA

CASTANHEIRA MUNDIM & PIRES ADVOCACIA

FREDERICO SOUZA HALABI HORTA MACIEL SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA

FREDERICO SOUZA HALABI HORTA MACIEL SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA

ADRIANA MARTINS SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA
ADRIANA MARTINS SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA

Nosso escritório é formado por uma equipe de advogados especializados, nas áreas mais demandas do direito, como direito civil, trabalhista, previdenciário e família. Assim, produzimos serviços advocatícios e de consultoria jurídica de qualidade, com muito conhecimento técnico e jurídico. A...