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Ex-CEO do Pogust Goodhead deixa firma após suspeita de gastos irregulares

O escritório é responsável pela ação bilionária contra a mineradora BHP Billiton, em razão do rompimento da barragem de Mariana/MG, que representa cerca de 640 mil vítimas.

Da Redação

quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Atualizado às 11:36

O advogado britânico Thomas Goodhead, cofundador do escritório de advocacia Pogust Goodhead, deixou oficialmente a empresa no último dia 11 de setembro, conforme registro publicado em 23 de setembro de 2025 no Companies House, o órgão comercial do Reino Unido. A saída ocorre após seu afastamento do cargo de CEO em agosto, em meio a acusações de má gestão financeira e uso indevido de fundos. O escritório é responsável pela ação bilionária contra a mineradora BHP Billiton, em razão do rompimento da barragem de Mariana/MG, que representa cerca de 640 mil vítimas.

 (Imagem: Isis Medeiros/Folhapress)

Advogado britânico Thomas Goodhead.(Imagem: Isis Medeiros/Folhapress)

Segundo informações publicadas pelo Daily Mail, Goodhead, de 43 anos, teria sido obrigado a deixar a firma após uma investigação interna conduzida pelo escritório global DLA Piper, que apontou o uso de recursos destinados a litígios para despesas pessoais. O relatório, segundo o jornal, afirma que o advogado utilizou dinheiro de investidores para custear viagens em jatos particulares, festas em iates e hospedagens em hotéis de luxo, incluindo o Hotel Emiliano, no Rio de Janeiro, onde se hospedava com frequência e exigia "a maior suíte".

De acordo com o Daily Mail, o documento indica que entre setembro de 2023 e fevereiro de 2024, Goodhead teria solicitado mais de uma dúzia de voos privados e trajetos de helicóptero pelo Brasil, com custo estimado em 82 mil libras esterlinas. As faturas incluem uma viagem de Vitória ao Rio de Janeiro por 5,6 mil libras e outra de São Paulo ao Rio, por 5,9 mil libras.

O jornal também cita duas festas em iates no Rio de Janeiro, em agosto e dezembro de 2023, com "pacote premium de churrasco e open bar", além de um evento adicional em setembro do ano seguinte, que teria custado 3,9 mil libras. Uma fonte ouvida pela publicação declarou: "Tom queria nos apresentar como uma firma no estilo dos escritórios de advocacia de elite, sobrevoando zonas de desastre de helicóptero e dando festas em superiates. Mas o foco deve ser o cliente. Não é uma viagem de fim de semana para o Brasil."

 (Imagem: Reprodução)

Reportagem publicada pelo Daily Mail.(Imagem: Reprodução)

Ainda conforme o Daily Mail, o relatório da DLA Piper aponta que mais de 500 mil libras em despesas pessoais teriam sido processadas pela conta de empréstimo do diretor da empresa, incluindo hospedagens durante reformas em sua casa, voos em classe executiva para familiares e um curso de direção defensiva. A empresa também teria investido mais de 100 mil libras na produção de um documentário sobre suas atividades no Brasil.

A investigação, segundo o jornal, revelou que as dívidas da Pogust Goodhead ultrapassam 500 milhões de libras, e que os contratos de crédito com financiadores podem ter sido violados. Em meio à crise, Goodhead foi suspenso e substituído pela diretora de operações Alicia Alinia, que anunciou uma "reestruturação cultural" e uma nova "estrutura de governança robusta". Em 11 de setembro, ele foi oficialmente desligado.

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