Automação e IA ganham espaço na organização do atendimento jurídico
A otimização da gestão do atendimento não é mais uma opção, mas sim uma necessidade competitiva, afirma fundador da plataforma JUScrm.
Da Redação
sexta-feira, 19 de dezembro de 2025
Atualizado às 07:07
O uso intensivo do WhatsApp como principal canal de comunicação tem se consolidado como um dos principais desafios operacionais da advocacia contemporânea. A ferramenta, inicialmente incorporada para agilizar o contato com clientes, passou a concentrar grande volume de demandas, retornos processuais e solicitações simultâneas, impactando diretamente a organização e a produtividade dos escritórios.
Na prática, a sobrecarga de mensagens tende a deslocar o advogado para uma posição reativa, marcada por interrupções constantes e dificuldade de priorização. Demandas urgentes se misturam a consultas rotineiras, enquanto a ausência de um fluxo estruturado de atendimento dificulta o controle sobre novos contatos, clientes ativos e retornos pendentes. O resultado, segundo especialistas em gestão jurídica, é a perda de foco estratégico e o aumento do desgaste profissional.
Outro fator apontado como crítico é a repetição de pedidos de atualização processual. Embora recorrente, esse tipo de demanda exige consultas a sistemas judiciais, organização das informações e elaboração de respostas individualizadas, o que consome tempo significativo da rotina do advogado. A fragmentação dessas tarefas, distribuídas em diferentes plataformas e conversas, amplia o risco de falhas na comunicação e de perda de oportunidades.
Diante desse cenário, soluções tecnológicas voltadas à centralização do atendimento e à automação de tarefas vêm ganhando espaço na advocacia. Plataformas de CRM jurídico têm sido adotadas para organizar o funil de atendimento, registrar interações e permitir uma visão unificada das demandas do escritório. A incorporação de inteligência artificial a essas ferramentas também tem sido apontada como alternativa para lidar com solicitações repetitivas, especialmente aquelas relacionadas a informações processuais.
Para Leonardo Martins de Aguirre Monteiro, fundador e COO da plataforma JUScrm, a reorganização do atendimento jurídico passa, necessariamente, pela adoção de tecnologia. Segundo ele, a inteligência artificial permite automatizar respostas, integrar dados de tribunais e reduzir atividades operacionais que hoje consomem grande parte do tempo do advogado. "A ideia é que o profissional consiga se concentrar na análise jurídica e na estratégia, enquanto tarefas repetitivas ficam a cargo da automação", afirma.
"A discussão sobre produtividade e gestão do atendimento tende a ganhar ainda mais relevância nos próximos anos. Com clientes cada vez mais exigentes quanto à agilidade e à clareza das informações, escritórios que mantêm modelos manuais e dispersos de comunicação enfrentam dificuldades para escalar o atendimento sem comprometer a qualidade do serviço. Nesse contexto, a tecnologia deixa de ser apenas um suporte operacional e passa a ocupar papel estratégico na organização da advocacia, influenciando diretamente a competitividade e a sustentabilidade dos escritórios no médio e longo prazo", afirma.
Planejamento para 2026
Com foco no próximo ciclo, o JUScrm oferece aos leitores do Migalhas 40 dias de teste gratuito, possibilitando a consolidação de um fluxo de atendimento organizado e eficiente, com tarefas operacionais estruturadas e mais tempo dedicado ao que gera valor: a estratégia jurídica. Acesse o site clicando aqui.





