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OAB/SP vai agendar audiência com Beraldo e Marzagão para mediar greve da polícia

"A Ordem paulista não vai representar nem a Polícia Civil nem o Governo, porque não é sua função. Mas tentar sensibilizá-los, colaborar nesse diálogo para que se chegue o quanto antes a esse ponto de convergência, a um ponto comum". Dessa forma, o presidente da OAB/SP, Luiz Flávio Borges D´Urso resumiu o papel da entidade, que se propôs a ser mediadora nas negociações pelo fim da greve da Polícia Civil do Estado de São Paulo, durante reunião realizada sexta-feira 10/9, na sede da OAB/SP, com Sindicatos de Policiais Civis.

Da Redação

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Atualizado às 08:24


Greve

OAB/SP vai agendar audiência com Beraldo e Marzagão para mediar greve da polícia

"A Ordem paulista não vai representar nem a Polícia Civil nem o Governo, porque não é sua função. Mas tentar sensibilizá-los, colaborar nesse diálogo para que se chegue o quanto antes a esse ponto de convergência, a um ponto comum". Dessa forma, o presidente da OAB/SP, Luiz Flávio Borges D'Urso resumiu o papel da entidade, que se propôs a ser mediadora nas negociações pelo fim da greve da Polícia Civil do Estado de São Paulo, durante reunião realizada sexta-feira, 10/9, na sede da OAB/SP, com Sindicatos de Policiais Civis.

"Viemos fazer uma visita ao presidente da OAB/SP, uma vez que ele, enquanto instituição , está disposto a fazer gestões para aproximar governo e policiais civis. Viemos pedir que ele estude uma possibilidade de nos aproximarmos do governo. Não queremos greve por greve, é o governo que está querendo. Se o governo insistir, que só abre diálogo se houver paralisação da greve, não vamos aceitar. Terá de apresentar uma proposta viável. Vamos, naturalmente, analisar e votar se suspendemos a greve para ficarmos em estado de greve, assim que os projetos com nossos pleitos chegarem à Assembléia", afirma José Martins Leal, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia.

De acordo com Leal, está difícil retomar o diálogo sem uma intermediação, porque a posição do governo é de intransigência. "Nos vêem como despesa e não como gente. Estão apostando no movimento, não querem ver a presença da massa nas manifestações. Hoje, na Avenida Paulista, tivemos cerca 3 mil pessoas", pondera. Segundo Leal, é inaceitável a proposta de 6,2% sobre o salário base, porque, segundo ele, representaria um aumento em torno de R$ 30,00 ou R$ 40,00.

D'Urso pretende, na semana que vem, procurar o secretário de Gestão Pública, Sidney Beraldo, e o secretário de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, para um diálogo com ambos no sentido de tratar da situação da Polícia Civil e da greve. "Vou levar a ambos o que foi conversado nesta reunião com o sindicato e associações, e reiterar a disposição da Ordem em ajudar no que for necessário, a chegar mais rapidamente a uma solução para o impasse. Estamos assistindo a um momento preocupante, com uma greve pioneira da Polícia Civil, que dura mais de 20 dias, sem perspectiva de chegar ao fim. Isso traz preocupação no que diz respeito ao interesse da população. Queremos compatibilizar o interesse dos policiais, que é justo e legítimo, pois questão salarial é gravíssima na Polícia Civil, com as possibilidades orçamentárias do Governo", enfatiza D'Urso.

Valter Honorato, presidente do Sindicato dos Escrivães, espera que a OAB SP ajude o diálogo a avançar e também considera que os policiais civis vêm sofrendo um arrocho salarial e não aceita a afirmativa do secretário Sidney Beraldo de que o Estado não tem condições para atender as reivindicações salariais dos policiais civis. "Se não anunciássemos a greve, passaríamos 2008 sem aumento, porque a Constituição Federal que manda reajustar os salários não está sendo cumprida. A Polícia Militar precisa de aumento também e não entra em greve porque o Código Penal proíbe", comenta.

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