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Embraer nega que demissões tenham gerado sobrecarga de trabalho

O vice-presidente da Embraer, Horácio Furjas, negou que os atuais funcionários da empresa estejam sobrecarregados por causa da demissão de 4.270 trabalhadores, anunciada em 19 de fevereiro. A declaração foi feita em resposta ao presidente do Sindaeroespacial/SP, Edmilson Rogério de Oliveira, durante a audiência pública que discute o assunto na Câmara.

Da Redação

quarta-feira, 25 de março de 2009

Atualizado às 16:40


Audiência pública

Embraer nega que demissões tenham gerado sobrecarga de trabalho

O vice-presidente da Embraer, Horácio Furjas, negou que os atuais funcionários da empresa estejam sobrecarregados por causa da demissão de 4.270 trabalhadores, anunciada em 19/2. A declaração foi feita em resposta ao presidente do Sindaeroespacial/SP, Edmilson Rogério de Oliveira, durante a audiência pública que discute o assunto na Câmara.

Segundo Oliveira, os trabalhadores que permaneceram na Embraer estão fazendo horas-extras, o que significaria uma sobrecarga no trabalho. O vice-presidente da empresa informou, no entanto, que a média de horas-extras era de 12% em 2007 e, atualmente, é de apenas 2%. "Os empregados não estão sobrecarregados", disse.

Sem negociação

O presidente do Sindaeroespacial/SP ressaltou que não houve negociação prévia sobre as demissões e que, até hoje, não sabe o número de demitidos da empresa. Ele afirmou, ainda, que esses funcionários não receberam seus direitos trabalhistas.

O secretário-adjunto de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho, André Grandizoli, disse que também foi surpreendido pelas demissões e que possíveis alternativas a essas demissões não foram observadas pela empresa. "A Embraer agiu de forma inadequada. Deveria ter discutido com o sindicato. O Ministério do Trabalho incentiva a negociação e o diálogo na busca de caminhos alternativos".

Outra crítica feita pelo presidente do Sindaeroespacial/SP foi em relação à forma como as demissões foram feitas: na semana anterior ao Carnaval, a empresa foi cercada por seguranças, o supervisor leu o nome dos que seriam demitidos e estes foram escoltados pelas portas dos fundos e retirados em ônibus fretados.

A audiência sobre as demissões foi promovida pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. O debate foi proposto pela deputada Manuela D'Ávila - PCdoB/RS e pelo líder do Psol, deputado Ivan Valente/SP.

Deputados querem criar comissão para apurar demissões na Embraer

Os deputados Vicentinho - PT/SP e Ivan Valente - Psol/SP vão propor a criação de uma comissão externa da Câmara para investigar as "reais causas" das demissões anunciadas pela Embraer. Os deputados também querem investigar a denúncia de que há controle acionário da empresa por estrangeiros.

O anúncio foi feito na audiência pública da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público que discutiu as demissões na Embraer. Também no evento, o deputado Roberto Santiago - PV/SP sugeriu que a Comissão de Trabalho aprove uma proposta para fiscalizar a situação contábil e financeira da empresa.

Capital estrangeiro

A denúncia de que a Embraer tem controle acionário estrangeiro foi feita na audiência pelo representante da Coordenação Nacional de Lutas - Conlutas José Maria Almeida.

O vice-presidente da Embraer, Horacio Forjaz, reconheceu que a composição do capital da empresa é pulverizada. Ele afirmou, no entanto, que a diretoria precisa ser composta por brasileiros, mesmo que a maioria do capital seja estrangeiro.

Para Ivan Valente, essa regra não é suficiente. Segundo ele, se a maioria do capital é estrangeiro, isso significa que os interesses também poderão ser estrangeiros, mesmo que a diretoria seja nacional.

Alternativas às demissões

Para justificar as demissões, Forjaz explicou que as alternativas sugeridas na audiência (redução da jornada de trabalho, férias coletivas, programas de aposentadoria voluntária e a não-renovação de contratos temporários) são viáveis apenas em um cenário de retomada do crescimento em curto prazo. Ele afirmou, porém, que a previsão da Embraer é de crise nos próximos dois a três anos.

"Gostaríamos de ter encontrado outra solução, mas não foi possível. O que está em jogo não são esses 4,2 mil empregos, mas a preservação dos outros 18 mil empregos que a empresa mantém", disse.

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