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Palácio da Justiça apresenta nova iluminação externa e fachada restaurada

Na próxima terça-feira, 21/7, às 18h30, o TJ/SP promove a inauguração do novo sistema de iluminação do prédio do Palácio da Justiça, sede do Poder Judiciário. Na mesma oportunidade será entregue a nova fachada do prédio, que passou por um minucioso processo de restauração.

Da Redação

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Atualizado às 10:35


De cara nova


Palácio da Justiça apresenta nova iluminação externa e fachada restaurada


Amanhã, 21/7, às 18h30, o TJ/SP promove a inauguração do novo sistema de iluminação do prédio do Palácio da Justiça, sede do Poder Judiciário. Na mesma oportunidade será entregue a nova fachada do prédio, que passou por um minucioso processo de restauração.

Na oportunidade haverá a apresentação do maestro e pianista João Carlos Martins, acompanhado pela Orquestra Bachiana Jovem, integrada por 46 componentes e por um grupo de ritmistas da escola de samba Vai-Vai.

O prédio foi tombado em 1981, pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico - Condephaat. É considerado como monumento histórico de valor arquitetônico e interesse cultural, ligados aos mais nobres ideais do Direito e da Justiça.

O novo sistema de iluminação trará um destaque ainda maior ao prédio do Palácio da Justiça, um dos principais marcos arquitetônicos da capital e uma das mais importantes obras do arquiteto Ramos de Azevedo, também responsável pela construção do Teatro Municipal, entre outros prédios.

A iluminação

O projeto é do Departamento de Iluminação Pública - ILUME, da Prefeitura de São Paulo. A nova iluminação busca destacar as principais características do prédio preservando o conjunto arquitetônico, onde as luminárias ficam escondidas, de forma que quem passa pelo local não percebe a presença dos equipamentos.

No solo foram implantados 40 projetores com índice de proteção e estanqueidade adequadas, totalmente embutidos nas pedras de granito com a utilização de serras apropriadas para o corte. Projetores focais foram instalados em postes dirigindo seus feixes de luz nos objetos de destaque da fachada.

Nos andares superiores luminárias especiais foram colocadas destacando-se as janelas e as colunas. Vale ressaltar que os conjuntos ópticos utilizados, projetores e luminárias, representam o que existe de mais moderno e eficiente com lâmpadas de vapor metálico de alta reprodução de imagens.

A execução da obra foi feita de forma rápida e cuidadosa. Além disso, um projeto altamente econômico sob o ponto de vista da baixa potência instalada e de expressivo resultado alcançado, considerando o porte e a complexidade arquitetônica da fachada do Palácio da Justiça do Estado de São Paulo. O investimento foi de R$ 572 mil.

História

Centro de São Paulo, 24 de fevereiro de 1920. A pedra fundamental para a construção da sede do Poder Judiciário do Estado é lançada. O quartel da cavalaria que funcionara no local cede lugar à construção do Palácio da Justiça. Participam do evento várias autoridades, dentre elas, o presidente do Estado, Altino Arantes; o ministro do Tribunal de Justiça, Urbano Marcondes de Moura e o presidente do Instituto da Ordem dos Advogados, Francisco Morato.

Desde de 1911, o arquiteto Ramos de Azevedo estava incumbido do projeto do Palácio, mas a obra só foi iniciada em 1920 por causa dos problemas burocráticos e da demolição do quartel. Azevedo inspirou-se no Palácio da Justiça de Roma para criar o de São Paulo. Tinha como colaborador Domiciano Rossi. Por causa dos grandes espaços, foram utilizadas estruturas metálicas na sua construção, pioneira na engenharia brasileira. Os operários empregados na construção eram, na maioria, imigrantes italianos e espanhóis.

A construção teve contratempos que a retardou, como a Revolução de 1924,1930 e o Movimento Constitucionalista de 1932 que refletiram na economia estatal. Ocorreu também a morte de Ramos de Azevedo, em 1928, o que levou à elaboração de um novo contrato com os sucessores de seu escritório, Ricardo Severo e Arnaldo Dumont Vilares, que terminaram a obra.

A data de inauguração do Palácio é 2 de janeiro de 1933, mas antes mesmo do término da obra parte dos serviços criminais já estava funcionando no local. O fórum Cível e o Tribunal do Júri foram inaugurados em 15 de abril de 1927, com a participação do presidente do Estado, Júlio Prestes e seu secretário da Justiça, Salles Júnior.

Houve também uma segunda data, em 25 de janeiro de 1942, da obra totalmente concluída, inclusive com a inauguração do Salão Nobre do 5º andar, como presente à cidade de São Paulo pelo seu 388º aniversário.

O projeto inicial do Palácio previa a construção de 3 pavimentos, considerado suficiente para abrigar os serviços judiciais na década de 20. Porém, percebendo a demanda judiciária, já naquela época, foram criados os 4º e 5º andares e o mezanino.

O Palácio da Justiça fica na Praça da Sé, s/nº, centro da capital.

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