Presidente da Assembleia do RS aceita pedido para impeachment de Yeda
O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Ivar Pavan, anunciou que aceitou hoje, 10/9, o pedido de impeachment da governadora Yeda Crusius (PSDB).
Da Redação
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Atualizado às 14:27
Denúncia aceita
Presidente da Assembleia do RS aceita pedido para impeachment de Yeda
O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Ivar Pavan, anunciou que aceitou hoje, 10/9, o pedido de impeachment da governadora Yeda Crusius (PSDB).
O pedido foi feito pelo Fórum dos Servidores Públicos Estaduais do RS. Eles alegam crime de responsabilidade.
De acordo com informações da Assembleia Legislativa, foram analisados 25 volumes com mais de seis mil páginas da Ação Civil Pública que tramita na Justiça Federal. Neste processo, segundo a Assembleia, foram encontrados pelo menos 26 pontos no processo que vinculam Yeda ao suposto esquema que desviou mais de R$ 40 milhões do Detran.
"A abertura do processo de impeachment representa o compromisso da Assembleia com o resgate dos princípios republicanos. Não podemos ficar omissos diante da gravidade desta conduta", diz o presidente da Assembleia.
A análise foi feita pelo presidente da Assembleia com a equipe de assessoramento técnico que analisou documentos e escutas telefônicas reunidas pelo Ministério Público Federal, Polícia Federal e Poder Judiciário. "Não há dúvida do esquema criminoso que desviou recursos públicos. E há sérios indícios que relacionam a chefe do Poder Executivo com o processo de corrupção no Detran além de outras irregularidades que podem caracterizar improbidade administrativa e crime de responsabilidade", diz Pavan.
Processo
De acordo com a assessoria de imprensa da Assembleia, uma vez que o pedido de impeachment é aceito, a próxima etapa é a leitura da decisão em plenário. Isso deve acontecer na próxima terça-feira, dia 15/9. Após a leitura e publicado o pedido no diário da Casa, é eleita uma comissão especial com 36 integrantes, que obedece proporcionalidade dos partidos, que opinará se a denúncia deve ou não ser objeto de discussão e votação.
O relator da comissão deve preparar um documento que será votado pelos 55 deputados da casa, e, se aprovado, o pedido segue adiante.
CPI
No começo do mês, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul deu início à CPI da Corrupção, que investigará supostas irregularidades do governo de Yeda. O governo é alvo de denúncias sobre desvios de verba do Detran gaúcho e caixa dois em campanha eleitoral.
Nesta quinta-feira, a Assembleia faz sessão da CPI a partir das 12h30. Serão votados 11 requerimentos da oposição. A CPI, que funcionará por 120 dias, foi criada a partir da assinatura de 39 parlamentares.
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Fonte : G1
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