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STJ - Gerente de banco demitido por fraude não consegue sacar fundo de previdência

O STJ negou provimento a recurso especial apresentado por um ex-gerente da CEF, demitido por justa causa, para que ele pudesse ter direito a receber o valor das contribuições pagas ao Fundo de Pensão dos Empregados da instituição - o Funcef -, durante o período em que foi servidor.

Da Redação

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Atualizado às 08:38


Justa causa

STJ - Gerente de banco demitido por fraude não consegue sacar fundo de previdência

O STJ negou provimento a recurso especial apresentado por um ex-gerente da CEF, demitido por justa causa, para que ele pudesse ter direito a receber o valor das contribuições pagas ao Fundo de Pensão dos Empregados da instituição - o Funcef -, durante o período em que foi servidor. O ex-empregado figura como réu em ação penal sob a acusação de ter praticado atos fraudulentos na autorização de empréstimos, quando ocupou o cargo de gerente.

A defesa argumentou no recurso ao STJ que o sequestro desses valores ofende o CPP (clique aqui) e que o sequestro/arresto de verba previdenciária é de "natureza impenhorável".

No seu voto, o ministro relator Arnaldo Esteves de Lima enfatizou que o CPC (clique aqui) considera impenhoráveis os bens como pensões percebidas de institutos de previdência, vencimentos e salários, já que estes são ligados à subsistência pessoal e familiar do devedor, mas não contribuições pagas a institutos de previdência. Além disso, conforme o ministro, o próprio CPC destaca em seu artigo 649 que a restituição de eventuais contribuições feitas a entidades previdenciárias não pode ser considerada pensão, nem tampouco ter natureza salarial.

O motivo do recurso se deu porque a Caixa ajuizou ação cautelar criminal visando o sequestro/arresto das contribuições do Funprev como forma de ressarcimento, caso ao final do processo penal o ex-gerente seja condenado e não tenha como pagar pelo prejuízo causado. O recorrente, então, interpôs o recurso especial junto ao STJ contra acórdão proferido pelo TRF da 1ª região, que negou provimento ao seu apelo defensivo.

O ministro Arnaldo Esteves de Lima destacou no voto, ainda, decisão do magistrado do tribunal de origem, segundo a qual, o CPP permite o arresto de bens móveis, "na ausência de bens imóveis em nome do réu, ou se, caso existindo, forem insuficientes para cobrir a responsabilidade civil, bem como despesas processuais e penas pecuniárias". Citou, também, trecho do CPP pelo qual o seqüestro só poderá ser formulado após ter sido iniciada a ação penal e se comprovados tanto a materialidade do crime como a existência de indícios suficientes de autoria - o que aconteceu.

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