Editorial

20/4/2018
Maurício Antônio Rosa

"No editorial foi colocada uma questão: 'o que está a mover a maioria que vem se formando no sentido da restrição, ou da aparente restrição de direitos' (Migalhas 4.341 - 20/4/18 - "Editorial" - compartilhe)? Em ligeira análise, diga-se muito ligeira, penso que estamos vivenciando uma aparente restrição de direitos. O que se observa é que as discussões nesse sentido mais interessam a atender eventual interesse pessoal ou político-partidário. Na evolução social direitos foram conquistados e paulatinamente consolidados, mas penso que, muitos deles, o foram por interesse e pressão das oligarquias. A velha máxima popular de que 'o pau que bate em Chico, bate em Francisco', inaplicável no passado, parece que nos dias atuais avança para alcançar sua completude. Outro dito popular aponta que 'para os amigos, tudo, para os inimigos a lei': este parece ainda viger na nossa República, mas, com a ligeireza dos meios de comunicação, a cada dia perde força diante dos eventos que hoje vivenciamos. Ao ler o editorial me veio à mente, de imediato, a velha constatação de Rui Barbosa: 'De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto'. Parece que vivenciamos uma mudança e a mudança ocorre quando algo está morrendo e o novo está nascendo. Essa transição leva ao estresse até à sua consolidação e à espera de nova mudança onde novo ciclo se iniciará."

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