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Baú migalheiro - Antônio Cândido da Cruz Machado

Há 190 anos, no dia 11 de março de 1820, nasceu Antônio Cândido da Cruz Machado. Ele foi advogado, político, professor de latim, juiz de paz, promotor e coronel da Guarda Nacional. Por presidir a seção do Senado que aprovou a abolição da escravatura, recebeu o título de "Visconde do Serro Frio". Deixou publicados vários discursos e projetos para uma nova divisão administrativa do Brasil e para a construção de estradas de ferro em MG.

Da Redação

quinta-feira, 11 de março de 2010

Atualizado em 10 de março de 2010 15:19


Baú migalheiro

Há 190 anos, no dia 11 de março de 1820, nasceu Antônio Cândido da Cruz Machado. Ele foi advogado, político, professor de latim, juiz de paz, promotor e coronel da Guarda Nacional. Por presidir a seção do Senado que aprovou a abolição da escravatura, recebeu o título de "Visconde do Serro Frio". Deixou publicados vários discursos e projetos para uma nova divisão administrativa do Brasil e para a construção de estradas de ferro em MG.

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"A lei trouxe benéficos resultados; todos os dias se reconhece isto; mas não há lei por mais santa que seja, nem mesmo as lei divinas, que possa evitar os abusos."

Antônio Cândido da Cruz Machado, Visconde do Serro Frio, nasceu em Serro - Minas Gerais, no dia 11 de março de 1820, filho do Coronel Antônio da Cruz Machado e Maria José Velasco.

Era bacharel em Direito.

Casou-se com Josefina de Brienne Ferreira Carneiro.

Foi Presidente do Senado em 1888, representante do Estado de Minas Gerais, tendo tomado posse como senador em 15 de julho de 1874.

Filiado ao Partido Conservador. Considerado autoridade em matéria de administração pública, propôs a criação das Províncias do Araguaia e de São Francisco. Serro Frio muito se debateu na elevação da 5ª comarca de São Paulo (Curitiba) à categoria de Província, com a denominação de Paraná (lei 704, de 29-8-1853).

Exerceu os cargos de presidente da Província de Alagoas, 1840 - deputado à Assembleia Geral Legislativa pela Província de Alagoas, 1842 a 1843 - ministro residente em Montevidéu (Uruguai), 1843 - juiz de Direito em Cantagalo (Província do Rio de Janeiro), 1846 -  chefe de polícia da Província do Rio de Janeiro, 1848 - presidente da província do Rio Grande do Sul, 1855 - deputado pela Província de Alagoas, 1853 a 1856 - chefe de polícia da Corte, 1853 a 1856 - presidente da Província da Bahia, 1856 a 1858 - senador, 1858 a 1889 - Ministro dos Estrangeiros, 1859 - ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, 1862 a 1863 - ministro da Justiça interino, 1862, e efetivo, 1863 - presidente do Conselho de Estado, 1878 - ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, 1878 - ministro da Fazenda interino, 1879 - ministro dos Estrangeiros interino, 1879 - ministro da Guerra interino, 1879 - presidente do Senado, 1887 a 1888.

Publicou diversos relatórios.

- Memória relativa ao projeto de uma nova divisão administrativa do Império do Brasil, 1873; Construção de Estradas de Ferro na Província do Rio Grande do Sul (discurso, 1873); Criação da Província de São Francisco (discurso, 1873); Discurso em resposta às acusações feitas a sua Excelência e ao povo baiano (discurso, 1874).

Recebeu o título de Visconde do Serro Frio e foi condecorado como Comendador da Ordem da Rosa.

O Senador Alberto Gonçalves afirmou por ocasião do seu falecimento que "a província do Paraná não pode esquecer esse nome, a quem deve a sua criação. Em grande parte foi o Visconde do Serro Frio quem se bateu para que a antiga 5ª comarca de São Paulo fosse constituir a província do Paraná, o seu estado natal".

Faleceu no Rio de Janeiro em 1905.

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Bibliografia:

- Organizações e Programas Ministeriais, Rio de Janeiro, 1962.

- Parlamentares do Império, de Octaciano Nogueira e João Sereno Firmo, Brasília, 1973. - Dicionário Biobibliográfico Brasileiro, de Sacramento Blake, vol. I, pág. 123, Rio de Janeiro.

- Anais do Senado Federal, vol. I, 1905.

- Enciclopédia e Dicionário Internacional, vol. XVIII, pág. 10604.

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