Artigo - A ditadura civil-militar e a esquerda punitiva

20/10/2017
Rivadávia Rosa

"Paradoxalmente, a contra-revolução, contra Golpe ou 'Movimento Cívico Militar de 1964' desencadeada com o apoio da população e da mídia - em razão dos elevados níveis de corrupção, divisão da sociedade civil ameaçada pela desordem e pela subversão, ou seja, ameaças reais à democracia, desrespeito às normas republicanas e às regras constitucionais, a agitação, a violência, o caos e anarquia que ameaçava o Estado de Direito, é 'julgada' justamente pelos subversivos, terroristas, sequestradores e assassinos, vencidos em 1964, atualmente erigidos à 'Comissão da Verdade' (Migalhas de peso - 20/10/16 - clique aqui). O fato é quem não conhece a História do seu país dificilmente poderá estar orgulhoso dela ou exercer uma crítica positiva com o objetivo de corrigir erros e privilegiar potenciais virtudes e, desgraçadamente ainda estará sujeito à fraude, à manipulação e à falsificação histórica. Muitos dos que se auto definem como 'defensores da liberdade e da democracia' – tinham, na realidade, o objetivo de implantar uma ditadura comunista modelo cubano no Brasil; e, com essa inspiração ideológica sociocriminosa treinados, financiados e monitorados por Cuba/Moscou/Pequim, começaram assaltando bancos, sequestros e terrorismo, cujas vítimas em sua maioria eram civis. Entrevista/depoimentos irrefutáveis: Daniel Aarão Reis (ex-militante do MR-8, professor de História contemporânea da Universidade Federal Fluminense e autor de "Ditadura militar, esquerda e sociedade" é reveladora do caráter dos movimentos armados: 'As ações armadas da esquerda brasileira não devem ser mitificadas. Nem para um lado nem para o outro. Não compartilho a lenda de que no fim dos anos 60 e no inicio dos 70 nós (inclusive eu) fomos o braço armado de uma resistência democrática. Acho isso um mito surgido durante a campanha da anistia. Ao longo do processo de radicalização iniciado em 1961, o projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada era revolucionário, ofensivo e ditatorial. Pretendia-se implantar uma ditadura revolucionária. Não existe um só documento dessas organizações em que elas se apresentassem como instrumento da resistência democrática. No reverso da moeda, nenhuma organização defendeu o terror indiscriminado, nem praticou ações que, na concepção, tivessem o objetivo de ferir ou matar pessoas que não tinham nada a ver com nada. O terror indiscriminado não faz parte da historia da esquerda brasileira. Houve atos violentos, criminosos, como a ordem da direção do Partido Comunista, em 1936, para que se matasse a jovem Elza Fernandes. Suponha-se, erradamente, que ela tivesse colaboração com a policia. Houve também o assassinato de um marinheiro inglês em 1973 pelo simples fato de ser marinheiro inglês. Nessa época matou-se até um militante que desejava apenas sair da organização em que estava. Chamava-se Marcio Leite Toledo. Foram atos praticados por uma militância em processo de degeneração'. (grifo nosso - In 'O Globo', de 23/9/2001) 'A revolução é biófila, é criadora de vida, ainda que, para criá-la, seja obrigada a deter vidas que proíbem a vida'. O humanista Paulo Freire, in 'Pedagogia do Oprimido', defendendo os fuzilamentos sumários comandados por Ernesto Che Guevara e Fidel Castro, Márcio Moreira Alves [nascido em 14 de julho de 1936 no Rio de Janeiro] jornalista e político conhecido como catalisador do AI-5 por ter proferido um discurso na qualidade de deputado federal em setembro de 1968 no Congresso Nacional em que propunha um boicote às paradas militares na celebração à Semana da Pátria e solicitava às jovens brasileiras que não namorassem oficiais do Exército, em seu livro 'O Despertar da Revolução Brasileira', se referiu ao período 1964-68, do governo do Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, antes do AI-5, como 'ditabranda' e para ele foi um alívio ver a saída de Jango do governo, pois 'Achava-o oportunista, instável, politicamente desonesto (...) Aparecia bêbado em público, deixava-se manobrar por cupinchas corruptos (...) e tinha uma grande tendência gaúcha para putas e farras'. Assim mesmo, com a chamada 'redemocratização', anistia, vários governos eleitos democraticamente, parece que somente um dos lados não absorveu o espírito de reconciliação, mantendo uma pesada carga [i] moral e material na sociedade alimentada pelo ódio e sentimento de vingança. Do lado das Forças Armadas – foi superado, havendo em diferentes oportunidades manifestações de auto crítica pelos abusos ou excessos cometidos na repressão pelos inevitáveis 'danos colaterais’ decorrentes de eventuais violações das normas e procedimentos legais vigentes. Porém, não se dá a mesma severidade na avaliação da conduta dos movimentos de esquerda ideológica – financiadas pela ditadura da Ilha de Fidel Castro ou pelo movimento comunista internacional promovido por Moscou, cujos crimes e violência praticados pelas grupos extremistas como seqüestros, assaltos, assassinatos, roubos. Não há equidade e honestidade moral Também ão se verifica nenhum sinal de ou sentimento de arrependimento - parece que o simples apego a ideologias messiânicas totalitárias justificam tais atos. Suma: atualmente seguindo a mesma gênese criminosa tomaram o Estado e continuam assaltando os cofres públicos; logo 'exigirão' anistia para os mega corruptos que saquearam os cofres públicos e faliram o país e, obviamente, pela 'injustiça' contra os que foram presos também exigirão polpudas indenizações e pensões."

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