IPM da USP

19/2/2019
Luciano Martins Costa

"Em 1965, meu pai, Joaquim Martins Costa, foi incurso num IPM pelo então capitão Júlio Bierrenbach, tio do meu amigo Flávio Flores da Cunha Bierrenbach, brilhante causídico e de profícua atuação na Câmara de São Paulo (Migalhas 4.545 – 19/2/19 – IPM da USP). Acontece que meu pai, abordado na rua pelos inquiridores da Marinha, pediu autorização para apresentar imediatamente suas razões. Foi liberado mas arrolado como testemunha. Mas foi exonerado assim mesmo, em seguida. Para completar o quadro surrealista, o capitão Bierrenbach foi transferido para o Rio, e esqueceu de assinar o inquérito. Meu pai ficou no limbo, sem proventos, e se obrigado a vender o patrimônio para sustentar os oito filhos. Sua defesa foi iniciada por Rubens Paiva. Com sua morte, passou a ser assistido pelo gabinete de Franco Montoro. Em 1975 conseguiu ser aposentado por uma Junta Médica Superior, porque estava sofrendo de depressão. Nunca aceitou pedir indenização. Apenas requereu os salários atrasados. Essa era a realidade dos IPMs, que esta República dos Energúmenos quer reviver."

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