Contribuição sindical

10/3/2019
Milton Córdova Junior

"A fala do presidente Jair Bolsonaro, no sentido de que a 'democracia só existe se as Forças Armadas quiserem', é exatamente a mesma pronunciada pelo presidente dos EUA, Barack Obama, em magistral pronunciamento feito em 30/5/2011, no Memorial Day, data que os norte-americanos homenageiam seus veteranos de guerra: 'É graças ao soldado, e não ao sacerdote, que podemos ter a religião que desejamos; é graças ao soldado, e não ao jornalista, que temos liberdade de imprensa; é graças ao soldado, e não ao poeta, que temos a liberdade de expressão; é graças ao soldado, e não o organizador do campus, que temos a liberdade de protestar (em outras traduções esse trecho aparece como 'é graças ao soldado, e não ao professor, que existe liberdade de ensino); é graças ao soldado, e não ao advogado, que existe o direito a um julgamento justo; é graças ao soldado, e não ao político, que podemos votar'; é o soldado que reverencia a bandeira, que serve sob a bandeira e cujo ataúde é coberto por ela - que tornam possível e suportam que manifestantes, em seus protestos, a queimem' (Migalhas quentes – 2/3/19). Nos EUA – a pátria da Liberdade -, a fala de Barack Obama em momento algum foi distorcida e, ao contrário, foi ovacionada por toda a Nação; já no Brasil – por ora a pátria da hipocrisia - a fala sincera de Jair Bolsonaro causou 'perplexidade', apenas porque teve a coragem de dizer a verdade. Como escreveu Lope de Vega (1562), 'a verdade de nada se envergonha, exceto de estar oculta'."

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