Migalhas Quentes

Mary Kay é condenada por não informar riscos de alergia em produto

Decisão é da 6ª câmara Cível do TJ/RS.

15/1/2019

A empresa de cosméticos Mary Kay foi condenada a indenizar, por danos morais e materiais, uma cliente que teve reação alérgica a produto que não informava sobre riscos na embalagem. Decisão é da 6ª câmara Cível do TJ/RS.

Consta nos autos que a cliente comprou o produto cujo tratamento recomendado era de três dias de aplicação. No entanto, na primeira aplicação, teve uma reação, e sua pele ficou vermelha, inchada, ressecada e craquelada, o que foi diagnosticado, posteriormente, como uma reação alérgica. Segundo a cliente, as marcas decorrentes do uso do produto geraram transtornos, em especial, em seu trabalho. Ela então ingressou na Justiça contra a Mary Kay, requerendo indenização e alegando que o produto não informava sobre os riscos de seu uso na embalagem.

Em 1º grau, foi dada parcial procedência à ação, sendo a empresa condenada ao pagamento de indenizações nos valores de R$ 220,35, por danos materiais, R$ 2 mil, por danos morais, e R$ 2 mil por danos estéticos.

Ao analisar recurso da empresa, que alegou que os produtos possuem aprovação da Anvisa e que os consumidores devem verificar se possuem alergia a algum dos elementos dos produtos, a câmara pontuou que o produto não possui qualquer informação acerca de eventual possibilidade de reações alérgicas e não orienta o consumidor a realizar teste de contato prévio, o que infringe o dever de informação previsto do CDC.

O colegiado entendeu que o dano estético não está configurado no caso, uma vez que não restou comprovado pela autora que as lesões ocorridas se tornaram permanentes.

Assim, a 6ª câmara Cível manteve a condenação por danos morais e materiais.

Confira a íntegra do acórdão.

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Notícias Mais Lidas

STF derruba cotas que favoreciam alunos locais no ensino superior

2/12/2025

Morre Ary Oswaldo Mattos Filho

2/12/2025

STJ cancela sessões em razão do velório da ministra Assusete Magalhães

2/12/2025

STF: Partido questiona regras que reduzem dever de indenizar de aéreas

2/12/2025

Marcio Garcia terá de responder por dívida de aluguel de R$ 1,5 milhão

2/12/2025

Artigos Mais Lidos

Autonomia patrimonial e seus limites: A desconsideração da personalidade jurídica nas holdings familiares

2/12/2025

Pirataria de sementes e o desafio da proteção tecnológica

2/12/2025

Você acha que é gordura? Pode ser lipedema - e não é estético

2/12/2025

Tem alguém assistindo? O que o relatório anual da Netflix mostra sobre comportamento da audiência para a comunicação jurídica

2/12/2025

Frankenstein - o que a ficção revela sobre a Bioética

2/12/2025