A 1ª turma do STF retomou nesta terça-feira, 9, o julgamento da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus pela tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Durante a sessão, o relator, ministro Alexandre de Moraes, criticou a reunião realizada por Bolsonaro com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, em julho de 2022.
O encontro foi usado pelo então presidente para repetir teorias da conspiração sobre urnas eletrônicas, desacreditar o sistema eleitoral e atacar ministros do Supremo.
Segundo Moraes, o episódio representou um marco de submissão e ameaça à soberania nacional.
“Essa reunião talvez entre para a história como um dos momentos de maior entreguismo nacional, ou tentativa de entreguismo nacional. Mas, na verdade, os últimos acontecimentos demonstram que essa reunião foi só preparatória de uma tentativa de retorno à posição de colônia brasileira, só que, dessa vez, não mais de Portugal."
O ministro também ressaltou que, no caso da reunião com embaixadores, houve mais uma vez o uso de milícias digitais para amplificar e propagar o conteúdo ilícito.
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