Gustavo Binenbojm, do escritório Binenbojm, Cyrino, Koatz & Voronoff Advogados, realiza, dia 24/11, às 19h, lançamento e sessão de autógrafos do livro "Antissemitismo estrutural". O evento acontece na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, no RJ (av. Afrânio de Melo Franco, 290, 2º piso, Leblon).
O antissemitismo talvez seja o ódio mais antigo da humanidade. Ao longo da história, os judeus já foram acusados de tudo: capitalistas vorazes, comunistas perigosos, fanáticos religiosos, ateus dissimulados, isolacionistas sectários ou mesmo espiões infiltrados. Se, na Antiguidade, o problema era a religião, depois passou a ser a raça. Hoje, o principal alvo de hostilidade é o Estado nacional: Israel. Mas quais são, afinal, as raízes dessa "patologia social" — e como combatê-la? É o que Gustavo Binenbojm discute no livro.
Do Egito antigo à cultura helênica, do Império Romano pagão ao Cristianismo, chegando aos dias atuais, Binenbojm revisita o percurso histórico que consolidou o sentimento de hostilidade contra os judeus e investiga por que o antissemitismo resistiu ao longo dos séculos — e por que voltou a se manifestar com tanta força. Além desse panorama histórico, o autor também discute a fronteira entre liberdade de expressão e discurso antissemita, este enquadrado no Brasil como crime de racismo.
No livro, Binenbojm aproxima os conceitos de "racismo estrutural" e "antissemitismo estrutural", afirmando que ambos fazem parte do inconsciente coletivo. Para ele, não basta não ser antissemita: é preciso promover letramento anti-antissemita, uma educação consciente e crítica, baseada em informação qualificada. O autor analisa discursos públicos e manifestações culturais — de Shakespeare a piadas e letras de música — para demonstrar o quanto o preconceito contra judeus permanece enraizado em nossa sociedade. Com prefácio do jornalista Pedro Doria, "Antissemitismo estrutural" oferece ferramentas para distinguir críticas legítimas de manifestações de ódio.