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Cenário - 24.7.18

FSB Inteligência

terça-feira, 24 de julho de 2018

Atualizado às 08:45

Com os ajustes das previsões econômicas a pleno vapor, os agentes encarregados de projetar cenários esticam para daqui dois, três e até quatro anos a expectativa de superação da crise.

Os dados revelados no Brasil e no exterior - vide previsões do FMI - provam que os efeitos da recessão insistem em não passar.

Há problemas e eles estão impregnados 1) no mercado de trabalho, 2) na produção, 3) no campo, 4) na renda, 5) no consumo, 6) no crédito, 7) na inflação e 8) no câmbio.

A proximidade das eleições faz a economia (e/ou a expectativa em torno dela!) sofrer ainda mais as consequências. O nível de incertezas aumenta. O medo, também.

O desalento do empresariado e das pessoas tem dado sinais importantes. Isso impacta as taxas de confiança de hoje e de amanhã.

É com essa perspectiva que as campanhas eleitorais estão sendo obrigadas a lidar - embora ainda não apresentem propostas ou pareçam abaladas.

No caso do governo, a realidade é um pouco mais dura.

Além do agora, o Planalto teme (de fato!) pelo retorno dos trabalhos no Congresso, que saiu de férias e deixou engatilhado um dos mais robustos pacotes pró-gastos dos últimos tempos.

Eleições

Bem-vindo ao mundo real

O período das convenções partidárias começam a exibir mais claramente os desafios que separam o discurso e da necessidade de composição para governar.

Além de organizar a engenharia prévia que promoverá a governabilidade, as campanhas ao Planalto fazem as contas de quais podem ser os limites orçamentários impostos em 2019.

A definição de prioridades nos programas e as ideias que podem virar plataformas passam, necessariamente, por aí.

Aliança

Relação custo-benefício

A pressão do Solidariedade para garantir o compromisso do candidato Geraldo Alckmin com o imposto sindical mantém superaquecido o clima de tensão entre os tucanos.

Corrida ao vice

O tempo de cada um

Contrariando as teses prontas e grande parte das frases de efeito, parece não estar sendo tão óbvia a reflexão do empresário Josué Gomes (PR) sobre se adere ou não como vice na chapa de um dos candidatos ao Planalto.

Emprego

Realidade de momento

Dados do Ministério do Trabalho mostram que, com a crise, os trabalhadores da construção civil foram um dos que mais perderam com o enxugamento de vagas formais nos últimos 12 meses.

O endividamento da famílias e os ajustes na indústria do crediário não têm sido motores dessa retomada.

As projeções não são animadores nem para este ano nem para o próximo.

Mercosul

Temer no México

Acontece no fim da manhã de hoje a reunião dos chefes de Estado do Mercosul e da Aliança do Pacífico.

No Twitter, o presidente Michel Temer relatou que, em reunião com o presidente do México, Enrique Peña Nieto, reiterou compromissos políticos e econômicos.

"Estamos trabalhando, também, para ampliar o comércio entre os dois países".

Agenda

Fisco - A Receita Federal anuncia hoje o resultado da arrecadação de tributos Federais e contribuições previdenciárias de junho.

Confiança - A FGV divulga hoje pesquisa de confiança do consumidor e do comércio.

FIES - As inscrições para o Programa de financiamento Estudantil do 2º semestre de 2018 foram prorrogadas até a meia noite de hoje.

Nos jornais

Centrão - Após acertar apoio ao ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), os dirigentes do Centrão reivindicam agora participação efetiva na elaboração do futuro programa de governo do tucano. Dirigentes do bloco reclamam da condução política da pré-campanha e pedem a saída de Marconi Perillo (PSDB) do posto. (O Estado de S. Paulo)

Josué - Cotado para a vice de Geraldo Alckmin, Josué Gomes da Silva (PR) condicionou a decisão de compor chapa com o PSDB a uma conversa com o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT). O empresário elogiou o tucano, mas deixou o caminho livre para que o PSDB e o Centrão escolhessem outro nome. (O Estado de S. Paulo, Valor Econômico e O Globo)

Skaf - O pré-candidato ao governo de São Paulo do MDB, Paulo Skaf, escolheu a tenente-coronel da PM Carla Basson para ocupar a vaga de vice em sua chapa. A convenção para formalizar a candidatura de Skaf ao governo do estado de São Paulo será no próximo sábado, 28. (Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo)

Haddad - Coordenador do programa de governo do PT e apontado como possível substituto do ex-presidente Lula - possibilidade que ele neste momento nega -, o ex-prefeito Fernando Haddad disse que o partido pretende mudar a forma de escolha dos ministros do STF.
(O Estado de S. Paulo)

Padilha - O chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirma que a candidatura do ex-ministro Henrique Meirelles está consolidada no MDB. Para Padilha, a influência do ex-presidente Lula levará um petista ao segundo turno, junto com um candidato do centro, e Jair Bolsonaro (PSL) tende a "desidratar". (Valor Econômico)

Rodoanel - A PF indiciou o ex-presidente da Dersa e ex-secretário do governo Geraldo Alckmin (PSDB-SP), Laurence Casagrande Lourenço, sob a acusação de fraude a licitação no projeto do trecho norte do Rodoanel de São Paulo. O ex-diretor de Engenharia da Dersa, Pedro da Silva, também foi indiciado. (Folha de S.Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo)

Gripe - Com o avanço do vírus H1N1, o número de mortes por gripe neste ano no Brasil quase triplicou em relação ao mesmo período do ano passado. São 839 vítimas, segundo dados do Ministério da Saúde, até 14 de julho. O total de óbitos já é 68% maior do que o relatado em todo o ano de 2017. (manchete de O Estado de S. Paulo)

Irregularidades - O governo Federal identificou, entre o segundo semestre 2016 e maio deste ano, R$ 10 bilhões em pagamento indevidos a beneficiários do Bolsa Família, aposentadoria por invalidez e auxílio-doença. (manchete da Folha de S.Paulo)

Taxação - A tributação de dividendos, proposta por alguns candidatos a presidente da República, poderia gerar um choque inicial no mercado acionário e levar ao mecanismo que trava as negociações quando a Bolsa sobe ou cai mais de 10%. (Folha de S.Paulo)

FMI - Atribuindo a decisão à paralisação dos caminhoneiros e à piora das condições econômicas globais, o FMI revisou para baixo a previsão de crescimento do Brasil em 2018. A estimativa é que o país cresça 1,8%. Antes, esse número era de 2,3%. (Folha de S.Paulo)

Faculdades - Desemprego e perda de renda fizeram o número de calouros nas universidades pagas cair 5% no primeiro semestre do ano, mostrou levantamento feito pelo Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior, com 99 instituições do país. (manchete de O Globo)

Soja - A guerra comercial entre China e Estados Unidos deve elevar as exportações brasileiras de soja para o nível recorde de US$ 30 bilhões, 17% acima do valor do ano passado. Com a forte demanda chinesa pela soja do Brasil, são esperadas exportações de 73,5 milhões de toneladas, 1,4 milhão a mais que o previsto no fim de maio. (manchete do Valor Econômico)