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Cenário - 13.8.18

FSB Inteligência

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Atualizado às 08:16

O número recorde de presidenciáveis vem produzindo efeitos colaterais que nem mesmo os mais experimentados na arte do pluripartidarismo conseguem remediar.

Um dos muitos sinais disso é que está tão difícil agora - como estava há um mês - sincronizar as alianças nacionais com as disputas nos Estados.

Os seguidos adiamentos para registrar candidaturas e seus programas de governo indicam que muitos partidos aguardam o movimento do adversário para saber o que fazer.

Esse é o cenário em grandes colégios eleitorais como São Paulo e Minas Gerais, onde PT, MDB, PSB, PDT e PSDB colecionam problemas, desafetos e frustrações.

No cenário nacional, até agora apenas as candidaturas das chapas 'puro sangue' de Guilherme Boulos (PSOL), Ciro Gomes (PDT), Vera Lúcia (PSTU) e da composição de Geraldo Alckmin (PSDB) com o PP de Ana Amélia foram registradas.

A previsão é de que hoje Henrique Meirelles (PMDB), Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede), Álvaro Dias (Podemos) e João Amoêdo (Novo) encaminhem a papelada e formalizem a chapa que concorrerá nestas eleições.

O PT aguardará até o minuto final, na quarta-feira, 15, para apresentar o nome de Lula e Fernando Haddad.

TSE

Lista de pendências

As indefinições obrigaram o TSE a convocar para hoje uma sessão extraordinária que decidirá pendências em Estados como Minas Gerais e Alagoas.

Os mineiros aguardam pelo desfecho da disputa interna do PSB de Márcio Lacerda, que insiste em lançar candidatura, apesar da aliança nacional selada com o PT, que trabalhará pela reeleição de Fernando Pimentel.

Estúdio + Redes

Debate multiplataforma

A RedeTV! promete uma revolução no formato dos debates eleitorais na próxima sexta-feira, 17: vai colocar em prática seu modelo multiplataforma baseado em interatividade na internet.

O que a emissora não divulgou ainda é se aceitará que Fernando Haddad participe do debate, no lugar do ex-presidente Lula.

O PT negocia a participação com os organizadores, argumentando que a presença de Haddad elevará a audiência e apimentará as discussões.

Partidos 1

A militância encolhe

O MDB perdeu 7 mil filiados após Michel Temer ter assumido a presidência da República, em 2016. O PR, da base aliada do emedebista, também perdeu militância.

O PT, mesmo com a campanha de filiação de 2017, quase não alterou os quadros de filiados.

Partidos 2

Mais músculos

Já o PSOL parece ter sido o destino da esquerda desencantada: ganhou 27 mil novos filiados de 2016 para cá.

Os tucanos cresceram: o PSDB ganhou 14 mil novos apoiadores formais. Enquanto o PSL adicionou às fileiras nada menos do que 15 mil novos filiados.

Religiosidade

Chapa de fé

Evangélicos e católicos estão amplamente contemplados na chapa da Rede à presidência, que reúne Marina Silva e Eduardo Jorge.

Marina é missionária da Assembleia de Deus há quase 20 anos e Eduardo Jorge é um aficionado fã do Papa Francisco.

PT

Em busca de reforços

Fundado com o apoio da Igreja Católica, o PT vem tentando atrair e organizar seus simpatizantes da base religiosa.

O partido busca reforçar as pontes com antigos aliados em prol das mobilizações a favor da candidatura de Lula, mas internamente a igreja está dividida.

Apenas algumas alas se mantêm fiéis e atuantes.

Ursal

Trend topics

O candidato do Patriota à presidência, Cabo Daciolo, precisou de alguns dias para aceitar que suas declarações no debate dos presidenciáveis da Band tenham se tornado o meme mais popular da internet.

Da chateação inicial, agora Daciolo tenta capitalizar com o seu fenômeno "Ursal".

O candidato já tem replicado as discussões sobre a "União das Repúblicas Socialistas da América" em suas redes sociais.

Reoneração

Fim do regime especial

O Congresso inicia hoje a discussão do relatório da Medida Provisória que revogará benefícios fiscais concedidos a empresas da indústria química e o regime especial para importação de produtos destinados a centrais petroquímicas.

O governo espera ter um alívio de caixa de R$ 740 milhões com o fim do benefício.

Os empresários reclamam, alegando que a indústria química opera com um baixo nível de utilização da capacidade instalada e que a medida enfraquecerá a produção nacional e estimulará a importação.

Os parlamentares tentam adiar a votação para evitar mal-estar em ano eleitoral.

Um novo relator será escalado às pressas, para evitar que a apreciação do relatório seja postergada novamente.

Agronegócio

Segurança para produtores

O governo fechou acordo bilateral com empresários do agronegócio para criação de uma política de combate e promoção da segurança no campo.

Há muito tempo o setor reclama da falta de ações direcionadas aos crimes que ocorrem em áreas rurais.

O Planalto indicou o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, para assinar um protocolo de intenções.

Agenda

Agrotóxicos - A Câmara dos Deputados realiza audiência pública para debater projeto de lei que determina a redução do uso de agrotóxicos em alimentos destinados a consumo in natura.

Saúde - Começa hoje o 5º Fórum de Líderes do Setor da Saúde. O evento acontecerá no Hospital Israelita Albert Einstein.

Internacional - O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, participam hoje, na capital da Coreia do Norte, de seu terceiro encontro.

Nos jornais

Militares - Os militares ampliaram em 92% a participação na disputa ao Executivo neste ano, em relação às eleições de 2014. Pelo menos 25 candidatos à presidência, aos governos estaduais ou a cargos de vice, que estão na ativa ou na reserva. Em comparação a 2010, a alta é de 257%. (O Estado de S. Paulo)

Propostas - Cinco candidatos à presidência já apresentaram ao TSE seus programas de governo: Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Cabo Daciolo (Patriotas) e Vera Lúcia (PSTU). (O Globo)

PSTU - Candidata ao Planalto pelo PSTU Vera Lúcia defende, em entrevista, um governo estatizante e a expropriação do sistema bancário e das 100 maiores empresas do país. (O Globo)

Bolsonaro - Jair Bolsonaro (PSL) ampliou os esforços para conquistar apoio do empresariado com um encontro na sexta-feira passada em São Paulo. O evento reuniu cerca de 60 representantes do setor produtivo. (O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo)

PDT x MDB - O discurso de Ciro Gomes (PDT) de que o MDB "é uma quadrilha" e que "precisa ser destruído" não tem se reproduzido nos Estados. A sigla está em sete Estados na mesma coligação da legenda do presidente Michel Temer. (Folha de S.Paulo)

Fragmentação - Quem se dispuser a ver a propaganda eleitoral neste ano vai se deparar, novamente, com um cenário partidário complexo. Entre velhos conhecidos, siglas que viraram slogans e debutantes, serão 35 partidos políticos. (Folha de S.Paulo)

Orçamento - O vencedor das eleições presidenciais terá um início de mandato com o orçamento mais apertado desde 2003. Em 2019, o espaço para investir deve ser de apenas 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo projeção baseada em apresentação do Ministério do Planejamento sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). (O Globo)

Previdência - O crescimento acelerado do rombo da Previdência dos Estados é um dos maiores desafios para os governadores que serão eleitos em outubro. Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul têm a pior situação. Para especialistas, é preciso reformar o sistema de aposentadorias. (manchete O Globo)

Lobby - Articulações suprapartidárias que conduzem a votações por maioria absoluta de votos no Congresso são uma amostra da força dos lobbies cruzados em atividade. Em abril, o Legislativo aprovou uma conta que pode passar de R$ 15 bilhões, ao derrubar um pacote de vetos do Refis do Funrural e do projeto que favorecia agentes de saúde. (O Estado de S. Paulo)

Marun - Em artigo, o ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun, sustenta que "tentam omitir realizações de um governo que, em apenas dois anos e dois meses, obteve importantes conquistas nos planos interno e externo, tornando-se o mais eficiente governo da história da República". (Folha de S.Paulo)

Nova lei - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) atua, em nome construtoras, para evitar que o Congresso Nacional transforme, na nova Lei de Licitações, superfaturamento e sobrepreço como agravantes de um novo tipo penal que será crido, o crime de fraude em licitações ou contratos. (Valor Econômico)

Embraer + Boeing - Em entrevista, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defende que o acordo de joint venture entre a Embraer e a Boeing, firmado no mês passado, passe pelo Congresso. (Valor Econômico)

Energia - A tarifa de energia elétrica já aumentou 13,79% em 2018, índice quatro vezes maior do que o IPCA de janeiro a julho, que foi de 2,94%. A disparada é resultado de uma série de fatores, como a falta de chuvas, a alta do dólar e tributos. (manchete O Estado de S. Paulo)

Sociedade - Embora tenham encolhido em 2017, as classes A e B receberam 464 mil pessoas que se declaram pretas e pardas. O movimento vai na direção oposta do que ocorreu no Brasil no ano passado, quando 800 mil pessoas deixaram as classes mais altas. A classe E, ganhou 1,5 milhão de pessoas - alta de quase 9%. (manchete Folha de S.Paulo)

Itaú + XP - Após 15 meses, Itaú recebe aval do Banco Central para comprar 49,9% da corretora XP. Mesmo com planos represados, a plataforma continuou crescendo. Saiu de R$ 100 bilhões de ativos sob custódia e 500 mil clientes, em junho de 2017, para R$ 170 bilhões de ativos e 700 mil clientes agora. (manchete Valor Econômico)

Segurança - O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que é preciso "monitorar" aliados do crime organizado que queiram disputar a próxima eleição e, caso sejam eleitos, cassá-los.
(O Globo)