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A participação de meus filhos em seu 1º Júri Popular

Cada qual tem sua história e já relatei que não vim de uma família tradicional na Advocacia.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Atualizado em 3 de dezembro de 2021 08:44

 (Imagem: Arte Migalhas)

(Imagem: Arte Migalhas)

Contei sobre meu primeiro Júri em 1991 em artigo publicado aqui no portal jurídico Migalhas e agora gostaria de compartilhar a emocionante experiência que tive, em julho de 2017, num Tribunal do Júri, 26 anos depois.

Cada qual tem sua história e já relatei que não vim de uma família tradicional na Advocacia. Fui um pioneiro, e é certo que não pretendia iniciar essa tradição se para isso fosse obrigado a impor aos meus filhos a formação na área jurídica.

Entretanto, para minha alegria, Bruno Parentoni e Luca Parentoni, então estudantes de Direito.

Em julho de 2017, em mais uma atuação minha num Júri Popular, no Fórum Criminal Ministro Mario Guimarães, no bairro da Barra Funda, em São Paulo - Capital, tivemos a oportunidade de, pela primeira vez, estarmos juntos, eu como defensor juntamente com outro colega, amigo e irmão e Bruno e Luca como estagiários, com seus nomes registrados na lousa do Plenário.

Conquanto meus filhos tenham a oportunidade de trabalhar em sociedade comigo em nosso escritório, tê-los, pela primeira vez, como participantes como estagiários no Plenário do Júri foi uma alegria e honra muito grande. Um início para eles, um marco. E uma honra para mim, como pai e Advogado.

Antes, eles estudaram o processo e ajudaram a elaborar as teses de defesa, ou seja, tiveram uma participação ativa.

Compartilho esse momento também para aconselhar aos jovens formandos e advogados que, sempre que tiverem uma oportunidade (se não tiverem, criem) vão para o Fórum, para os Tribunais e assistam a audiências, Júris, julgamentos e sustentações orais.

Não fiquem sentados esperando que a experiência e a prática nasçam do nada. Não precisam ter um pai ou mãe advogados para isso. A vontade impulsiona e a ação traz a manifestação.

Cada dia que passa mais tenho a certeza de que, na prática, a teoria é outra e de que precisamos de mais pensadores do Direito no lugar de operadores do Direito.

Roberto Parentoni

Roberto Parentoni

Advogado criminalista do escritório Roberto Parentoni e Advogados. Pós-graduado em Direito e Processo Penal pela Mackenzie. Presidente por duas gestões do IBRADD - Instituto Brasileiro do Direito de Defesa.

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