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Grandes bancos não são a melhor opção para a advocacia conseguir crédito

O Brasil tem uma das mais altas taxas de juros no mundo, dificultando o acesso ao crédito e encarecendo empréstimos, cheque especial e financiamentos, como apontado por pesquisas, incluindo o Ranking Mundial de Juros Reais de agosto de 2023. Diante desse cenário, a advocacia apresenta uma alternativa mais vantajosa do que os empréstimos bancários para obter recursos.

terça-feira, 14 de novembro de 2023

Atualizado às 14:41

Prove que esta afirmação está equivocada. Difícil, não? Isso porque é de amplo conhecimento que o Brasil é um dos países com as mais elevadas taxas de juros no mundo, o que dificulta o acesso ao crédito ao encarecer demasiadamente empréstimos bancários, o cheque especial, financiamentos, cartões de crédito e demais modalidades praticadas no segmento financeiro.

É o que comprovam pesquisas como a do site Moneyou, que posicionou o Brasil em primeiro lugar no Ranking Mundial de Juros Reais no mês de agosto de 2023. De acordo com o levantamento, o Brasil pratica juros reais mais elevados do que países como Hungria, México, Colômbia e Chile.

Diante desse cenário não muito animador, quando o assunto é obtenção de crédito, antes de ir aos grandes bancos, é preciso pesquisar e estudar todas as alternativas. Para a maioria dos cidadãos, pode ser que o caminho fique realmente restrito, tendo em vista a burocracia do mercado de crédito. No entanto, para a advocacia, existe uma alternativa claramente mais vantajosa do que os empréstimos bancários no momento de buscar por recursos para investimentos ou mesmo para emergências.

Advogados e advogadas trabalham diariamente com ativos financeiros de grande interesse para investidores, que são os créditos judiciais. Esses ativos podem ser cedidos mediante um desconto sobre o valor original que seria recebido somente no final do processo, o chamado deságio, que é mais vantajoso do que adquirir uma dívida por longo período e com juros altos em uma instituição financeira.

Obviamente os profissionais do direito conhecem o procedimento da cessão de crédito judicial. Entretanto, é preciso frisar que, diferentemente de um pedido de empréstimo em um banco tradicional, em que não há margem para barganha, ao negociar com uma empresa especializada em direitos creditórios, os advogados ou escritórios de advocacia podem obter melhores condições para angariar recursos e ainda otimizar o fluxo de caixa.

Para a concretização do negócio, ou seja, a cessão de créditos judiciais, a análise não se limita à verificação do score e das garantias oferecidas pelo interessado. A empresa, juntamente com uma equipe jurídica, avalia os processos individualmente, elaborando uma proposta específica e adequada a cada caso. Destaca-se ainda que é possível ceder os créditos em sua integralidade ou apenas parcialmente, o que proporciona mais liberdade ao cedente durante as negociações.

Evidentemente, é de suma importância que a cessão de crédito seja entabulada com uma empresa especializada, preferencialmente vinculada ao sistema financeiro, com fundo de capital próprio, e não com meras intermediadoras entre investidores e cedentes. Isso proporciona mais segurança às partes, em razão da regulamentação e das auditorias realizadas, além de possibilitar melhor taxa de pagamento.

Como se observa, é preciso pensar além das ofertas mais populares de crédito do mercado financeiro para encontrar a melhor opção. No mínimo, aos profissionais da advocacia, vale o exercício de cotejar as propostas de empréstimos de grandes bancos e suas taxas de juros com as propostas de antecipação de valores de processos, mediante deságio, elaboradas por empresas especializadas em negociação de ativos judiciais

Renata Nilsson

VIP Renata Nilsson

CEO e sócia da PX Ativos Judiciais | Consultora especializada em fundos de investimentos (FIDCs) e plataformas focadas na aquisição de créditos judiciais incluindo trabalhistas, cíveis e precatórios.

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