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As principais perspectivas de infraestrutura rodoviária no Brasil para 2025

A infraestrutura rodoviária do Brasil enfrenta desafios como pavimentação insuficiente. Concessões e projetos intermodais são chave para avanços até 2025.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Atualizado em 20 de fevereiro de 2025 13:26

A infraestrutura rodoviária desempenha um papel essencial na logística e na economia do Brasil, um país que depende fortemente do transporte rodoviário para a circulação de bens e pessoas. Para 2025, é fundamental analisar as perspectivas para este setor, destacando os principais desafios, avanços esperados e iniciativas em andamento.

Atualmente, a malha rodoviária brasileira é uma das maiores do mundo, com mais de 1,7 milhão de quilômetros de estradas. No entanto, apenas uma pequena fração é pavimentada, o que reflete a necessidade de investimentos significativos em manutenção e expansão. Problemas como buracos, falta de sinalização adequada e infraestrutura insuficiente em regiões remotas continuam a ser desafios críticos.

Nos últimos anos, o governo brasileiro tem apostado em concessões rodoviárias para atrair investimentos privados. Até 2025, espera-se que novos leilões sejam realizados, abrangendo importantes rodovias Federais e estaduais. 

Essas concessões devem contribuir para a modernização da infraestrutura, com a implementação de pedágios eletrônicos, ampliação de faixas e melhorias na segurança viária, o que trará maior segurança aos usuários e ao transporte de cargas. 

Noutro aspecto, é relevante lembrar que a sustentabilidade tem ganhado destaque no planejamento de infraestrutura. Projetos que priorizam o uso de materiais recicláveis e tecnologias mais eficientes na construção de rodovias devem se tornar mais comuns. Além disso, o uso de ferramentas de monitoramento digital e ITS - sistemas inteligentes de transporte pode melhorar a gestão do tráfego e reduzir custos operacionais.

A integração entre o transporte rodoviário e outros modais, como ferrovia, hidrovia e portos, é vista como essencial para aumentar a eficiência logística. Até 2025, espera-se avanços em projetos intermodais, como corredores logísticos que conectem as regiões produtoras de commodities aos principais portos do país.

Muito embora o Sudeste e o Sul concentrem grande parte da infraestrutura de qualidade, regiões como o Norte e o Nordeste devem receber maior atenção até 2025. Projetos como a pavimentação da BR-319, que liga Manaus/AM a Porto Velho/RO, ilustram os esforços para melhorar a conectividade nessas regiões.

Apesar das perspectivas positivas, há desafios significativos no caminho do desenvolvimento do país, senão vejamos:

  • Burocracia: Processos lentos de licenciamento ambiental e concessão atrasam a implementação de projetos;
  • Falta de recursos: O financiamento público é limitado, exigindo maior participação do setor privado;
  • Manutenção: A falta de manutenção preventiva pode comprometer os avanços realizados.

Enfim, as perspectivas para a infraestrutura rodoviária no Brasil em 2025 são favoráveis, com avanços esperados em termos de investimentos, sustentabilidade e integração modal. Contudo, para que estas melhorias se concretizem, é primordial superar desafios como burocracia e falta de recursos. 

A modernização das rodovias brasileiras não é apenas uma necessidade logística, mas também um passo fundamental para o desenvolvimento econômico e social do país, que, há muito, tem defasagem de investimentos no que diz respeito a este segmento.

Edyen Valente Calepis

Edyen Valente Calepis

Sócio do escritório Ernesto Borges Advogados, com ampla experiência em Direito Securitário, Administrativo e Consumerista. Possui cerca de 25 mil ações em todo território nacional, inclusive perante o Superior Tribunal Justiça. Bacharel em administração de empresas pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Bacharel em Direito pela Universidade Católica Dom Bosco, Pós-graduado em Direito Civil e Processual Civil pela Universidade Anhanguera e Pós-graduando em Direito Empresarial pelo Insper. Atua nas áreas de Securitário, Administrativo, Consumidor, Cível e Infraestrutura.

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