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Divórcio extrajudicial com filhos menores: Entenda as regras e possibilidades

O divórcio extrajudicial é rápido e menos burocrático, mas em casos com filhos menores, é geralmente necessário o divórcio judicial para proteger seus direitos.

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Atualizado em 9 de abril de 2025 13:55

O divórcio é sempre um momento desafiador na vida de um casal, especialmente quando há filhos menores envolvidos. Muitas pessoas buscam alternativas mais rápidas e menos burocráticas, como o divórcio extrajudicial, mas será que ele é possível em casos com crianças? Neste artigo, explicamos as regras, benefícios e limitações do divórcio em cartório e quando o processo judicial se torna obrigatório.

O que é divórcio extrajudicial?

O divórcio extrajudicial é realizado diretamente em cartório, sem a necessidade de uma ação judicial. Ele apresenta várias vantagens, como:

Agilidade: O processo é mais rápido do que o judicial.
Menos burocracia: A documentação exigida é reduzida.
Economia: Custos menores em relação ao divórcio judicial.

No entanto, essa modalidade só é permitida quando o casal não tem filhos menores ou incapazes, ou quando todas as questões relativas aos filhos já foram resolvidas judicialmente.

Por que o divórcio com filhos menores exige geralmente a via judicial?

Quando há filhos menores, o divórcio judicial se torna obrigatório para proteger os direitos e o bem-estar das crianças. Um juiz precisa analisar e homologar acordos relacionados a:

Guarda dos filhos: Compartilhada ou exclusiva.
Pensão alimentícia: Valor e forma de pagamento.
Convivência: Regras sobre visitas e responsabilidades.

Além disso, o Ministério Público acompanha o processo para garantir que todas as decisões respeitem os interesses das crianças.

Quando o divórcio extrajudicial é permitido com filhos menores? 

Embora a regra geral seja a obrigatoriedade do divórcio judicial, existe uma exceção:

Se o casal já tiver todas as questões dos filhos menores resolvidas e homologadas judicialmente (como guarda, pensão e visitas), é possível recorrer ao divórcio em cartório para encerrar o casamento.

Um exemplo prático seria um casal que já passou por um processo judicial para definir guarda e pensão alimentícia, mas agora deseja formalizar o divórcio. Desde que ambos concordem sobre a partilha de bens, o divórcio extrajudicial pode ser uma solução mais prática.

Caso o divórcio extrajudicial não seja uma opção, o caminho será o processo judicial. Veja os passos principais:

Procure um advogado especializado: Um advogado em direito de família é essencial para orientar sobre os direitos e deveres do casal e dos filhos.

Tente negociar um acordo amigável: Sempre que possível, buscar um consenso sobre guarda, visitas e pensão pode reduzir o tempo e os custos do processo.

Inicie o processo judicial: O juiz analisará o caso, considerando o melhor interesse dos filhos menores.

Por que buscar orientação jurídica?

Cada caso de divórcio é único, especialmente quando envolve filhos menores. Por isso, é fundamental contar com a ajuda de um advogado especializado. Ele não apenas orientará sobre os seus direitos, mas também ajudará a reduzir conflitos e garantir que todas as decisões sejam tomadas com base na lei e no melhor interesse das crianças. 

Conclusão

O divórcio extrajudicial é uma solução prática e menos burocrática, mas sua aplicação em casos com filhos menores é limitada. Na maioria das situações, o processo judicial será necessário para garantir que os direitos dos menores sejam protegidos. 

Se você está passando por um divórcio, com dúvidas sobre qual o melhor caminho a seguir, entre em contato com um advogado especializado. Ele poderá orientar sobre a melhor forma de lidar com esse momento delicado, assegurando um processo mais tranquilo e justo para todos os envolvidos.

Marcela Pereira Viana de Brito

Marcela Pereira Viana de Brito

Autora da coluna "Imobiliário & Planejamento Patrimonial" www.bpadvogados.com.br, advogada Sócia do Battaglia & Pedrosa Advogados, graduada em Direito pela Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, com atuação em Contencioso Empresarial em questões ligadas à recuperação de crédito e negócios imobiliários e Direito de Família e das Sucessões na área empresarial, como Planejamento Sucessório Empresarial e Holdings Patrimoniais. Pós-Graduanda em Direito e Negócios Imobiliários pela Universidade Damásio, Pós-Graduada em Direito de Família e das Sucessões pela Universidade Damásio, Pós-Graduada - LL.C em Direito Empresarial pelo INSPER.

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