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Por que gastamos mais do que ganhamos? A verdade que ninguém te conta

O superendividamento não é acaso - é estrutura. Estratégia e proteção são o caminho para quem quer preservar patrimônio com inteligência.

sexta-feira, 9 de maio de 2025

Atualizado às 13:12

Falar sobre dinheiro no Brasil é, muitas vezes, tocar em uma ferida silenciosa.

Com a experiência de quem lida diariamente com reestruturações financeiras e proteção patrimonial, posso afirmar: o superendividamento é menos uma questão de erro individual - e mais o resultado de uma estrutura que incentiva o consumo sem estratégia.

Hoje, cerca de 80% da população brasileira está superendividada.

Mas afinal, por que gastamos mais do que ganhamos?

A resposta envolve cultura, sistema e, sobretudo, a falta de estratégia.

O impacto cultural e psicológico

Vivemos numa sociedade que valoriza a aparência de sucesso.

Carros de luxo, roupas de marca, viagens internacionais - tudo é apresentado como símbolo de realização.

A pressão social para "parecer" bem-sucedido é enorme - e o marketing sabe explorá-la com maestria.

Com o tempo, consumir deixou de ser uma escolha consciente para se tornar uma forma de aceitação.

E assim, muitos comprometem sua liberdade financeira em busca de um status que, na prática, não gera estabilidade real.

O papel do sistema financeiro

Se por um lado existe a pressão cultural, por outro, o sistema financeiro facilita - e estimula - o endividamento.

Bancos e financeiras oferecem crédito pré-aprovado com facilidade assustadora.

Em poucos cliques, uma pessoa com renda limitada tem acesso a limites de crédito incompatíveis com sua capacidade real de pagamento.

O objetivo é claro: empurrar crédito.

Poucos alertam sobre os encargos futuros, sobre o peso invisível que esse dinheiro "fácil" carrega.

E quem não tem estratégia, paga a conta - com juros altos e perda de patrimônio.

A prática revela um padrão silencioso (e recorrente)

Vejo um padrão se repetir com precisão:

Pessoas inteligentes, trabalhadores dedicados, empresários bem-sucedidos - todos, em algum momento, surpreendidos por uma estrutura financeira desenhada para beneficiar quem empresta, não quem consome.

Não é falta de esforço.

Não é irresponsabilidade.

É a ausência de estratégia jurídica e financeira.

Sem conhecimento e sem proteção, pequenas decisões do dia a dia se transformam, silenciosamente, em grandes problemas financeiros.

Algumas verdades que precisam ser ditas com clareza

Crédito fácil não é vantagem. É uma dívida disfarçada.

Parcelar sem planejamento é uma armadilha. O valor da compra é só o começo da conta.

Renegociar sem assessoria é perigoso. A maioria dos acordos diretos com bancos reforça condições abusivas.

Ter uma reserva de emergência é essencial. Não é luxo. É proteção contra a imprevisibilidade.

Investir no longo prazo é o antídoto. Uma estratégia bem estruturada transforma incertezas em oportunidades.

Esses movimentos exigem inteligência, disciplina e orientação.

Não há atalhos.

Estratégia e discrição: O caminho de quem protege o que construiu

Decisões apressadas no mundo financeiro custam caro.

Já vi muitas trajetórias brilhantes serem prejudicadas não por grandes erros - mas por pequenas imprudências repetidas.

Com atuação técnica e criteriosa, é possível revisar contratos, organizar finanças, proteger patrimônio e construir liberdade financeira real.

Sempre com a discrição e o respeito que a história de cada cliente merece.

Conclusão

O problema não é gastar.

O verdadeiro risco está em gastar sem consciência, sem estrutura e sem estratégia.

Porque, no Brasil, existem duas posições possíveis:

ou você protege o que construiu - ou financia o lucro de quem empresta.

A decisão, felizmente, ainda está nas suas mãos.

Fernando Rodrigues

VIP Fernando Rodrigues

Advogado especialista em demandas complexas que envolvam instituições financeiras. Especialista em Direito Bancário e Mercado de Capitais. Sócio fundador do Rodrigues Ferreira Advogados.

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