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Inteligência artificial na guerra. Preparado?

Desvende o futuro chocante da guerra com IA. Este artigo acende um alerta sobre os dilemas éticos, a autonomia sem controle e os riscos de um amanhã onde as máquinas decidem.

quinta-feira, 29 de maio de 2025

Atualizado às 09:29

I - O inevitável aconteceu: A IA já está no campo de batalha

IA - inteligência artificial não é mais ficção; ela já opera drones, processa informações e, crucialmente, toma decisões de vida ou morte em conflitos. Esta realidade redefine a segurança global, impondo uma reflexão urgente sobre a ética e a autonomia. AWS - Sistemas Autônomos de Armas, desenvolvidos por mais de 90 países, incluindo potências, podem identificar e atacar alvos sem intervenção humana. Isso levanta a questão: estamos preparados para as implicações deste avanço?

II - O dilema mais profundo: Quando máquinas decidem quem vive e quem morre

DIH - Direito Internacional Humanitário, base da conduta em conflitos, foi concebido para o discernimento humano. Agora, confrontamos um abismo: como uma máquina garantirá a distinção entre civis e combatentes ou a proporcionalidade do uso da força? A verdade é que sistemas autônomos carecem de julgamento ético matizado. Eles não ponderam, hesitam ou sentem, aumentando o risco de identificação errônea de civis e minando os princípios humanitários mais básicos.

III - Os cinco perigos mortais da autonomia bélica

A "Caixa Preta" da morte e a fuga da responsabilidade: Uma arma autônoma comete um erro fatal. A opacidade dos algoritmos dificulta a atribuição de responsabilidade jurídica. Essa lacuna fragiliza a justiça e incentiva a operação de IA sem freios, impune.

O viés assassino: Sua IA é discriminatória? A IA é tão imparcial quanto os dados que a alimentam. Vieses em seu treinamento podem levar a decisões discriminatórias, com consequências catastróficas em zonas de alto risco, onde a IA pode determinar a vida ou a morte.

Escalada descontrolada: A guerra por um "clique" algorítmico: A IA não compreende o contexto. Uma interpretação equivocada por um sistema autônomo pode escalar um incidente em um conflito de proporções globais. O risco de uma guerra não intencional nunca foi tão real.

O abismo geopolítico: Quem manda no amanhã? A IA militar avançada conferirá poder assimétrico às nações mais desenvolvidas. Isso instigará uma corrida armamentista frenética, onde o medo de ficar para trás pode desestabilizar o equilíbrio mundial existente.

A perda de humanidade: Delegar a decisão de matar a uma máquina nos força a questionar: o que resta da nossa humanidade quando terceirizamos o ato mais grave da guerra? Perdemos a essência do nosso controle moral.

IV - A única saída: Retomar o controle antes que seja tarde demais

O futuro não está selado, mas exige ação imediata. A chave reside em:

Tratados internacionais vinculativos: Necessitamos de acordos que limitem drasticamente o desenvolvimento e uso de AWS. É um imperativo global, não uma opção.

Controle humano inegociável: Modelos como "human-in-the-loop" (humano no comando direto) e "human-on-the-loop" (humano em supervisão contínua) são essenciais. A decisão final de usar a força deve pertencer sempre a um ser humano.

V - Seu futuro depende disso: Um chamado urgente à ação

Este é um momento decisivo. As escolhas sobre a regulamentação, o design ético e a governança multilateral da IA determinarão se estas tecnologias nos conduzirão à paz ou ao abismo. Não ignore este alerta. Exija que a humanidade mantenha as rédeas do seu próprio destino. O debate é agora.

Guilherme Fonseca Faro

VIP Guilherme Fonseca Faro

Advogado, escritor e empreendedor. Membro dos Advogados de Direita e fundador do Movimento Nordeste Conservador. Especializado em Direito Público. Advogado do PL22 de São José da Coroa Grande - PE

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