O que a advocacia do século XXI exige de você?
O profissional do Direito já não pode se limitar ao domínio técnico a preparação contemporânea exige um novo olhar, mais interdisciplinar, humano, tecnológico e estratégico.
segunda-feira, 4 de agosto de 2025
Atualizado às 10:30
A advocacia passa por uma profunda transformação no século XXI. O profissional do Direito já não pode se limitar ao domínio técnico das leis e das práticas forenses. A preparação contemporânea exige um novo olhar - mais interdisciplinar, humano, tecnológico e estratégico. Quais as principais competências esperadas do advogado atual e os caminhos para uma formação mais alinhada às exigências do presente e do futuro da profissão?
Por décadas, a formação jurídica esteve centrada na interpretação da norma e na atuação jurisdicional. Esperava-se do advogado um domínio técnico do ordenamento jurídico e a capacidade de litigar com eficiência. No entanto, o mundo mudou. A sociedade tornou-se mais complexa, os conflitos mais sofisticados e o sistema de Justiça mais saturado. Nesse contexto, o modelo tradicional de formação e atuação mostra claros sinais de esgotamento.
Muito além do processo
O advogado do século XXI precisa ser mais do que um especialista em peças processuais. Ele deve ser um gestor de conflitos, um articulador de soluções e um comunicador eficiente. A crescente valorização da advocacia extrajudicial, a expansão dos métodos consensuais de resolução de disputas (como a mediação e a negociação) e o avanço das tecnologias jurídicas (legaltechs, jurimetria, IA) impõem novas competências.
Além disso, o cliente contemporâneo busca não apenas respostas legais, mas também orientação, escuta, ética e acolhimento. Isso exige do profissional habilidades emocionais, empatia, clareza na comunicação e inteligência relacional.
As novas competências do advogado do futuro (que já chegou) algumas competências essenciais à preparação do advogado no século XXI:
- Pensamento crítico e interdisciplinar
- Compreender o Direito em diálogo com outras áreas: economia, psicologia, sociologia, tecnologia, comunicação é indispensável para uma atuação estratégica.
- Capacidade de adaptação e aprendizagem contínua
- O ritmo acelerado das mudanças exige do profissional de advocacia flexibilidade, curiosidade e disposição para se reinventar.
- Domínio da tecnologia
- Ferramentas de automação, inteligência artificial, gestão de documentos e análise de dados jurídicos tornam-se aliadas e não ameaças, quando bem compreendidas.
- Habilidades socioemocionais
- Saber escutar, negociar, lidar com conflitos emocionais e cuidar da própria saúde mental são diferenciais em uma profissão marcada pelo estresse e pela exposição constante a pressões.
Advogar no século XXI exige mais do que conhecer o Direito - exige compreender o mundo. É preciso desenvolver um novo olhar sobre o papel do advogado: menos formalista, mais humano; menos reativo, mais propositivo; menos isolado na linguagem jurídica, mais conectado com a vida real. Esse novo olhar é a chave para uma advocacia mais saudável, relevante e transformadora.


