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Cirurgia robótica: Pacientes com câncer de próstata têm direito ao tratamento

Pacientes oncológicos com neoplasia maligna de próstata que recebem prescrição para realização da cirurgia robótica podem obrigar o plano de saúde a custeá-lo.

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Atualizado às 14:15

O câncer de próstata é um problema de saúde que atinge milhares de homens todos os anos no Brasil. Apesar de muitas pessoas não apresentarem sintomas logo no início, esse tipo de câncer pode evoluir e se tornar grave, por isso é fundamental buscar o diagnóstico e o tratamento adequado o quanto antes.

Entre os tratamentos disponíveis, a prostatectomia robótica tem se destacado como uma técnica mais benéfica, segura e eficaz. Infelizmente, muitos pacientes que obtêm a prescrição da realização da cirurgia pela via robótica não sabem que têm direito ao custeio pelo plano de saúde.

Neste artigo, vamos explicar o que é a prostatectomia robótica, seus benefícios e como garantir seu direito a esse tratamento através do plano de saúde.

O que é a prostatectomia robótica?

A prostatectomia robótica é uma cirurgia realizada com o auxílio de um sistema robótico que permite ao médico operar com alta precisão, por meio de braços mecânicos controlados remotamente. Essa tecnologia oferece uma visão em três dimensões do local operado, ampliando a imagem e possibilitando movimentos delicados que não seriam possíveis apenas com as mãos.

Esse procedimento é indicado principalmente para o tratamento do câncer de próstata em estágio localizado, ou seja, quando o tumor está restrito à próstata e ainda não se espalhou para outras partes do corpo.

Quais são os benefícios dessa técnica?

Comparada à cirurgia aberta tradicional, a técnica robótica apresenta vantagens importantes para os pacientes, como:

  • Menor perda de sangue durante a cirurgia, reduzindo o risco de necessidade de transfusões.
  • Recuperação mais rápida, permitindo que o paciente retorne às suas atividades habituais em menor tempo.
  • Menor tempo de internação hospitalar, o que diminui o risco de infecções.
  • Maior precisão na preservação de nervos e estruturas importantes, reduzindo os riscos de incontinência urinária e disfunção erétil.

Por todas essas e muitas outras razões, a prostatectomia robótica é considerada atualmente como o tratamento padrão-ouro para o câncer de próstata.

O plano de saúde é obrigado a cobrir a prostatectomia robótica?

Sim! Apesar de muitos planos de saúde inicialmente negarem a cobertura da cirurgia robótica, os pacientes têm direito ao tratamento adequado e mais indicado para sua condição de saúde, de acordo com a indicação médica.

Como agir caso o plano negue a prostatectomia robótica?

Se você teve a prostatectomia robótica negada pelo seu plano, saiba que essa decisão pode ser revertida. Veja o que fazer:

  • Peça ao seu médico um relatório detalhado, explicando por que a utilização da técnica robótica é necessária e indicada ao seu caso.
  • Solicite formalmente a cirurgia ao plano de saúde, com todos os documentos necessários.
  • Se o plano negar, procure ajuda jurídica especializada em Direito da Saúde.

Não desista do seu direito! Uma negativa pode ser revertida!

A prostatectomia robótica é uma técnica segura, moderna e que oferece recuperação mais rápida para homens diagnosticados com câncer de próstata.

Se você possui plano de saúde, saiba que tem direito a receber o tratamento indicado pelo seu médico, mesmo que inicialmente o plano negue. Em situações como essa, buscar informação e orientação especializada pode fazer toda a diferença para garantir o seu direito e preservar sua saúde e qualidade de vida.

Se o seu médico recomendou a prostatectomia robótica, não aceite a negativa do plano como resposta final. Você tem o direito de lutar por um tratamento digno e baseado nas evidências científicas mais avançadas.

Caso a negativa do plano persista, não deixe de buscar auxílio jurídico de advogados(as) especializados(as) em Direito da Saúde. A prostatectomia robótica pode evitar tratamentos mais agressivos que podem implicar afetar o bem-estar do paciente em um momento tão delicado de saúde, portanto, não desista de lutar. A informação é o primeiro passo. O segundo, é agir.

Ludmila Ferraz

VIP Ludmila Ferraz

Advogada especialista em Saúde que luta pelos direitos do pacientes contra as abusividades dos Planos e do SUS. Secretária Geral da Comissão Estadual de Direito da Saúde e Direito Médico da OAB/MT.

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