Sequela de poliomielite é considerada deficiente pelo INSS?
Quem tem sequelas da poliomielite pode se aposentar?
quarta-feira, 17 de setembro de 2025
Atualizado às 12:34
A poliomielite marcou a vida de milhares de brasileiros, deixando não apenas lembranças, mas limitações físicas que persistem por toda a vida. Para quem convive com essas sequelas, cada dia pode ser um desafio, desde tarefas simples, como caminhar até o ponto de ônibus, até manter o ritmo no trabalho ou carregar objetos.
E, muitas vezes, essas dificuldades não são visíveis para todos, mas afetam profundamente a capacidade de sustento e a qualidade de vida.
O problema é que, mesmo diante dessas limitações, muitos segurados do INSS enfrentam barreiras para ter seu direito reconhecido.
Há casos em que a perícia não enxerga a gravidade da condição ou em que faltam documentos que comprovem o impacto da sequela no dia a dia. O resultado? Pessoas que precisam de proteção social acabam sem o benefício e sem a segurança financeira que ele deveria garantir.
Se você ou alguém próximo vive com as consequências da poliomielite, é fundamental entender como o INSS avalia essas situações e quais são os caminhos para conquistar a aposentadoria ou outro benefício que realmente assegure dignidade e estabilidade. Acompanhe!
Quem tem sequelas da poliomielite pode se aposentar?
Sim, em alguns casos. O INSS reconhece que sequelas permanentes da poliomielite podem caracterizar uma deficiência.
Isso permite o acesso à aposentadoria da pessoa com deficiência ou até mesmo a outros benefícios, como o auxílio-doença ou a aposentadoria por invalidez, dependendo do grau de incapacidade para o trabalho.
Se as limitações prejudicarem o exercício da atividade profissional ou dificultarem a realização de tarefas diárias, o segurado pode ter direito a um benefício específico, desde que comprove:
- A existência da sequela;
- Que ela é permanente;
- Que afeta a capacidade laboral.
O que é considerado sequela para o INSS?
O INSS entende como sequela qualquer comprometimento físico ou funcional permanente que reduza a capacidade de trabalho ou de participação plena na vida social. No caso da poliomielite, as sequelas mais comuns incluem:
- Encurtamento de membros;
- Atrofia muscular;
- Fraqueza ou paralisia parcial;
- Alterações na marcha (dificuldade para andar).
A análise é feita por meio de perícia médica, onde o perito avalia o grau de limitação e seu impacto no dia a dia do segurado.
Como comprovar poliomielite?
Para o INSS reconhecer a condição, é necessário apresentar documentos médicos e exames que demonstrem o histórico da doença e suas consequências. Os principais são:
- Relatórios médicos detalhados, preferencialmente com CID da sequela;
- Exames de imagem (raio-x, ressonância, tomografia) que evidenciem alterações físicas;
- Registros de tratamentos e internações anteriores;
- Atestados atualizados sobre a limitação funcional.
Quanto mais completo for o conjunto de provas, maiores as chances de deferimento do benefício.
Como entrar com o pedido de aposentadoria por poliomielite
Embora seja possível fazer o pedido diretamente pelo site ou aplicativo Meu INSS, a experiência mostra que o caminho mais seguro para evitar negativas é contar com o apoio de um advogado previdenciário.
Isso porque o INSS é bastante rigoroso na análise, e qualquer detalhe seja um laudo mal redigido, um documento incompleto ou um erro no preenchimento pode resultar na recusa do benefício.
Com um advogado especializado, você terá:
- Análise prévia do seu caso, para identificar o benefício mais vantajoso;
- Orientação sobre documentos médicos e laudos, garantindo que estejam completos e no formato exigido;
- Acompanhamento no agendamento e na perícia médica, evitando contradições que prejudiquem o pedido;
- Ação rápida em caso de indeferimento, com a possibilidade de recorrer administrativa ou judicialmente.
Assim, além de aumentar as chances de aprovação, você ganha segurança e tranquilidade durante todo o processo, sem correr o risco de ficar sem renda por falhas que poderiam ser evitadas.
Como reverter o pedido negado pelo INSS
Negativas são comuns, principalmente quando a documentação é insuficiente ou a perícia não reconhece a gravidade da sequela. Se isso acontecer, o segurado pode:
- Entrar com pedido de reconsideração no próprio INSS;
- Apresentar novos laudos e exames;
- Buscar a via judicial para garantir o benefício.
Muitas vezes, a Justiça reconhece direitos negados administrativamente, desde que haja prova robusta da condição.


